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terça-feira, 19 de agosto de 2008

III UNIDADE - RESUMO - 8º Ano - A ERA DE NAPOLEÃO E A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA



Depois da Revolução Francesa (1789) a França mudou em vários aspectos: os ideais de liberdade , igualdade e fraternidade foram amplamente defendido pelas pessoas. Dez anos após, havia uma grande desordem no país. O Diretório responsável pelo governo e controlado pela burguesia não conseguia resolver a situação e a oposição ( jacobinos e monarquistas) ameaçavam tomar o poder.
Um determinado general chamava a atenção por sua bravura e inteligência estratégica e, aos olhos da burguesia, ele seria o único capaz de pôr ordem em toda a situação. No auge da crise, Napoleão abandonou seu exército em camapnha no egito e dirigiu-se a França. Foi aclamado pela população e tomou o poder com um golpe de estado que ficou conhecido como 18 Brumário. Uma das primeiras resoluções de napoleão foi a extinção do Diretório e a instituição do Consulado, novo órgão executivo formado por três cônsules (sendo o primeiro, o próprio Napoleão).
Governando de forma despótica por 16 anos, pouco a pouco os ideais iluministas foram sendo deixados para trás pelo novo governante. Prometeu fazer da França a maior potência mundial. Soube promover a conciliação entre grupos opositores e recuperou as finanças do país criando o Banco da França, reorganizando os impostos, construindo estradas e pontes e melhorando os serviços de correios e telégrafos.
A maior das maiores realizações de Napoleão no campo legislativo foi o Código Civil Napoleônico. Quando tornou-se imperador, Napoleão Bonaparte continuou as reformas jurídicas e finalizou-as com a elaboração do Código Comercial e do Código Penal.

Para desfrutar de tranquilidade para continuar as reformas em seu país, Napoleão estabeleceu uma trégua internacional. Essa trégua durou pouco, pois em 1803, Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia uniram-se e declarararam guerra à França; o motivo: medo da concentração de poderes por Napoleão e seu sucesso na reorganização do país. Sempre forte e imbatível, a França apenas "esbarrava" em um obstáculo à sua vitória total: a Inglaterra e seu poderio nos mares. Tentou invadí-la mas sua frota marítima foi destruída pelos ingleses no litoral da Espanha (Batalha de Trafalgar). Derrotou a Prússia, tomou a Península Itálica e isolou a Áustria. Mas ainda faltava resolver o problema "Inglaterra". A única forma de derrotá-la seria minando sua economia. Em 1806 Napoleão decretou o Bloqueio Continental, que determinava que nenhum país deveria comercializar com a Inglaterra. O país que desobedecesse teria seu território ocupado.
Os exércitos franceses já estavam desgastados pelas guerras. Vários países da Europa criticavam o Bloqueio por dependerem do comércio com os ingleses. Portugal nunca aderiu ao bloqueio e teve seu território invadido em 1808. No final de 1811, a Rússia rompeu o bloqueio e também teve seu território invadido. O exército de Napoleão teve uma grande surpresa: não encontraram resistência porém, pelo caminho, encontravam tudo destruído o que dificultou o abastecimento das tropas. Sem suprimentos, com frio e com as tropas russas na retaguarda, o exército francês foi aniquilado. Dos 600 mil soldados, apenas 60 mil retornaram para a França.
Napoleão, depois da derrota, abdicou e em 1814 foi exilado na Ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo. Luís XVIII, da disnatia dos Bourbons assumiu o governo. Isso gerou uma grande insatisfação popular. Sabendo disso, Napoleão fugiu do exílio e voltou para Paris. Chagando lá foi aclamado pela população e voltou ao poder. Novamente Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia uniram-se e em junho de 1815 derrotaram o imperador em Waterloo. Seu governo dessa vez teve duração de 100 dias. Napoleão foi levado para a Ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico, onde permaneceu sob vigilância da Inglaterra até 1821, quando morreu.
Em 1814, os quatro países que derrotaram Napoleão, entre outros, reuniram-se no Congresso de Viena que teve como objetivo fazer a Europa retornar às configurações anteriores a 1789 e reafirmar o antigo regime. Conseguiram fazer com que alguns países tivessem o absolutismo restaurado, porém a experiência da Revolução Francesa e da Era Napoleônica havia transformado para sempre os sentimentos e movimentos na Europa. Já não era possível voltar atrás.
Na América espanhola começaram a surgir vários movimentos de independência. Os domínios espanhóis na América estavam dividos em quatro vice-reinados e quatro capitanias gerais. Havia uma elite formada por espanhóis (chapetones) e seus descendentes (criollos). O restante da população, cerca de 15 milhões de pessoas, era na sua maioria mestiça, índia e escrava de origem africana.
Entre 1810 e 1815, as capitanias da Venezuela e do Chile e os vice-reinados do Rio da Prata e da Nova Espanha foram marcados por revoltas e tentativas de liberdade. Os criollos lideraram os conflitos entre as juntas de governo e a coroa eespanhola. Os setores sociais envolvidos interpretavam a indepêndencia em relação à metrópole, de forma bem diferente: para os criollos e chapetones, a independência representava liberdade política e econômica; para os indígenas e mestiços, significava fim dos tributos e a promessa de melhores condições de vida e de trabalho.

San Martín e Simón Bolívar foram os líderes da independência na América Espanhola. Em junho de 1816 as Provìncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina) tornaram-se independente. San martín tornou Chile e Peru independentes. Em 1821 era a vez de Lima tornar-se independente. Simón Bolívar queria formar uma grande nação - Grã-Colômbia - integrada por Venezuela, Colômbia e Equador, o que não se realizou. Em 1815 escreveu a Carta de Jamaica onde declarava não compreender porque razão países com uma mesma língua, costumes e religião não poderiam formar um único estado.
O México se destacou como o cenário onde ocorreu o movimento popular e mais radical da luta contra o dompinio colonial na América. Dois sacerdotes lideraram essas lutas: padre Miguel de Hidalgo e José Maria Morelos. Ambos foram mortos e os movimentos reprimidos.
No início dos anos de 1820 espanhóis e criollos temiam perder poder devido aos constantes levantes populares. Por isso, as elites se anteciparam e declararam a independência do México, sob a liderança de Augustín Itúrbide. Em 1821 Itúrbide anexou as colônias espanholas da América Central ao México. Dois anos depois essas colônias romperam com esse governo e formaram as Províncias Unidas da América Central. A união durou pouco, e em 1838 separaram-se formando os países: Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica.

No final do século XIX restavam apenas Porto Rico e Cuba como colônias da Espanha. A primeira guerra pela independência de Cuba iniciou-se em 1868 e durou dez anos, não obtendo sucesso. Haviam dois grupos com idéias bem diferentes em relação à independência cubana: autonomistas (defendia a plena autonomia de Cuba após a independência) e anexionistas (idealizavam que Cuba se separasse da Espanha e se unisse aos Estados Unidos). Luta pela independência quase vencida, entra em cena os Estados Unidos e declaram guerra aos Espanhóis. A espanha foi vencida, aceitou a declaração de independência de Cuba em 1898 e cedeu Porto Rico, além de outras áreas no Oceano Pácifico, como as Filipinas. cuba livrou-se de séculos de dominação espanhola e iniciava agora, dominação exercida pelos Estados Unidos. A Emenda Platt, aprovada pelo senado americano, dava direito aos EUA de intervir em Cuba sempre que os interesses americanos estivessem ameaçados.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada, ajudou bastante .

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