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sábado, 21 de novembro de 2009

SÍNTESE: NOVAS FORMAS DE VER O MUNDO - SÉC. XVIII E XIX

A RAZÃO CONTRA A FÉ – No contexto das revoluções dos séculos XVIII e XIX, que permitiram às burguesias tomar o poder, teve início também uma grande secularização. Isso se deveu a fatores econômicos, políticos e culturais:
• Urbanização – o êxodo rural fez com que a população escapasse do maior controle social que as igrejas exerciam no campo.
• A legislação produzida pela Revolução Francesa debilitou a Igreja ao confiscar grande parte de suas propriedades e riquezas.
• O desenvolvimento de uma mentalidade científica. Fé e razão se tornaram conflitantes e incompatíveis.


A REVOLUÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA – No século XIX, a acelerada industrialização da Europa e o enorme avanço da ciência, da técnica e da tecnologia mudaram a mentalidade científica e cultural. Um dos principais responsáveis por essa mudança foi o biólogo Charles Darwin, coma publicação do livro A origem das espécies, em 1859.

A SENSIBILIDADE ROMÂNTICA – O Romantismo foi um amplo movimento sociocultural que atravessou os últimos anos do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX.
Destacamos três características fundamentais do Romantismo:
• A rebeldia – oposição ao racionalismo iluminista e ao modelo clássico de beleza.
• A nova atitude diante da natureza – sentimento de comunhão com a natureza, vendo-a como um ser vivo.
• A nova visão de mundo e do ser humano – afirmava ser impossível ao ser humano conhecer a realidade por meio da razão. Valorizavam a utopia e defendiam a superioridade do sentimento, da imaginação e da capacidade criativa.

TÉCNICA OU POÉTICA – Na segunda metade do século XIX, o Realismo foi o estilo predominante, tanto na literatura quanto na pintura.
Os artistas realistas se dedicavam a temas de sua própria época e da realidade cotidiana. Esses artistas valorizavam a observação como a qualidade mais importante de um artista. Buscavam a objetividade para conseguir expressar uma visão fria e distanciada das coisas.



SÍNTESE: ATIVIDADES DE APOIO À CULTURA AÇUCAREIRA NO NORDETESTE COLONIAL


NEM SÓ DE AÇÚCAR VIVIA A COLÔNIA

AGRICULTURA DE EXPORTAÇÃO E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – A produção de cana-de-açúcar em grandes propriedades e destinada à exportação, foi a base da colonização portuguesa no Brasil nos séculos XVI e XVII, mas isso não significa que outras atividades não tiveram importância.
Os proprietários rurais, em geral, resistiam à idéia de utilizar a terra para produzir artigos voltados para o consumo da colônia, pois estavam mais interessados nos lucros gerados pelas vendas do açúcar.

A CRIAÇÃO DE GADO – Em todas as propriedades, animais de tração eram empregados para puxar carros, transportar cargas, como montaria e para acionar moendas e moinhos. Dos animais também se obtinha o couro, a carne e o leite.
Com o passar do tempo, porém, deixou de ser vantajoso destinar uma grande área para pasto, pois era mais lucrativo plantar cana.
Desse modo, ao longo do século XVII, a pecuária tornou-se uma atividade complementar praticada em áreas mais afastadas do litoral. Ao avançar pelo sertão, a pecuária contribuiu para expandir o território.


A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCO – Nas áreas próximas ao Rio São Francisco, o clima menos úmido e o solo menos propício para a cana-de-açúcar eram apropriados à pecuária. Além disso, a vegetação fornecia pastos naturais para o gado, e o solo continha sal natural (sal-gema), fundamental para alimentação dos animais. Por isso, o São Francisco tornou-se conhecido como o “rio dos currais”.
A pecuária além de produzir animais vivos, com o tempo voltou-se à produção de carne-seca, importante alimento dos escravos.
Depois de atingir o Rio São Francisco, o gado continuou a sua expansão para o norte e adentrou, no final do século XVII, as terras que hoje pertencem ao estado do Piauí.

FUMO E ALGODÃO – O fumo era outro produto destinado aos mercados europeus, nos quais o número de consumidores era crescente. Além disso, era usado na África como moeda de troca na aquisição de escravos.
A principal área produtora de fumo ficava na Bahia, próxima aos currais, onde a criação de gado gerava o esterco necessário para adubar as lavouras.
O algodão é um produto nativo da América e já era utilizado pelos indígenas antes da chegada dos europeus. Apenas por volta de 1760, o algodão passou a ser exportado regularmente. O principal centro produtor era a capitania do Maranhão, seguida pela Bahia e pelo Rio de Janeiro.
A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – À medida que os produtores ampliavam as áreas de cultivo de cana, diminuía a área destinada aos gêneros de subsistência. Com isso, eram comuns a falta e a elevação dos preços dos alimentos, especialmente nas cidades, gerando um problema crônico de subnutrição nas camadas mais pobres da população.



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SÍNTESE: A EXPANSÃO DOS ESTADOS UNIDOS E A GUERRA CIVIL AMERICANA


ESTADOS UNIDOS: A CONQUISTA DO OESTE

A MARCHA PARA OESTE – De 1780 a 1850, a população dos Estados Unidos cresceu consideravelmente: passou de 5 para 23 milhões de pessoas. Esse crescimento foi causado pela chegada de novos imigrantes europeus vindos, sobretudo, da Inglaterra e da Irlanda.
As treze colônias originais se tornaram estados, novos territórios foram incorporados, e a área ocupada pelos Estados Unidos cresceu onze vezes, passando de 835 mil km² para 9,3 milhões de km².
• A Louisiana e a Flórida foram compradas da França e da Espanha em 1803 e 1819, respectivamente.
• O Oregon foi cedido pela Grã-Bretanha em 1845.
• O Texas, que pertencia ao México, foi anexado em 1845.
• Os atuais estados da Califórnia, Arizona, Novo México, Oklahoma, Colorado, Idaho, e parte de Utah passaram a fazer parte dos Estados Unidos após a vitória contra o México.

A FORMAÇÃO DE UM PAÍS – A conquista do oeste proporcionou à população grande quantidade de terras. Vejamos as características econômicas e sociais das três regiões que formaram os Estados Unidos.
• Nordeste: marcado por um grande desenvolvimento industrial e urbano.
• Sul: predomínio da economia agrária e do trabalho escravo, centrado em grandes plantações exportadoras de algodão e tabaco.
• Oeste: caracterizado pela concentração de pequenos agricultores e criadores independentes.

UMA EXPANSÃO SANGRENTA – A marcha para o oeste não foi realizada apenas pelos “heróis” glorificados na história norte-americana. A ocupação do oeste também teve um outro lado muitas vezes omitido: a remoção dos indígenas de suas terras e o extermínio de milhares de nativos em nome da civilização.


A GUERRA CIVIL AMERICANA

A ESCRAVIDÃO – Na segunda metade do século XIX, manutenção da escravidão nos Estados Unidos era um tema que gerava grande polêmica e dividia o país. Os estados do norte, mais industrializados e com a produção rural organizada em pequenas unidades, eram contrários à manutenção do trabalho escravo. O sul, pouco industrializado e com grandes propriedades rurais, defendia a escravidão por ser a base da produção agrícola.
Em 1808, o tráfico de escravos foi proibido nos Estados Unidos, mas um intenso contrabando continuou a abastecer as fazendas sulistas.

A GUERRA DE SECESSÃO – A integração das novas terras a oeste intensificou o enfrentamento entre abolicionistas e escravistas em meados do século XIX. Os estados do norte queriam restringir a escravidão nas novas terras, e o sul não reconhecia a autoridade do Congresso para proibir a escravidão.
Em 1860, Abraham Lincoln, nortista e contrário à extensão da escravidão aos novos territórios, foi eleito presidente. O estado da Carolina do Sul reagiu e separou-se dos Estados Unidos. Dez estados seguiram o exemplo e formaram uma Confederação. A guerra começou em 1861.
O conflito, também conhecido por Guerra Civil (1861-1865), foi vencido pelo norte e custou cerca de 600 mil vidas. Foi muito importante a liderança política do presidente Lincoln, que decretou a abolição da escravidão e, todos os estados em 1863, dois anos antes do fim da guerra.



SÍNTESE: ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA



A ÁFRICA E O TRAFICO NEGREIRO – A vida das sociedades africanas alterou-se com a chegada dos europeus no século XV. Os primeiros a desembarcar foram os portugueses, que construíram feitorias ao longo do litoral e procuraram monopolizar a rede comercial africana. Em troca de ouro, marfim e escravos, os portugueses ofereciam tecidos, metais, ferramentas, aguardente, cavalos e armas.
No início eram os mercadores portugueses que capturavam os africanos. Depois, os próprios chefes africanos passaram a organizar violentas entradas no interior, para capturar africanos de tribos inimigas. Capturavam um elevado número de homens, mulheres e crianças, que eram acorrentados e chegavam às feitorias no litoral para esperar o embarque.


A TRAVESSIA E A VENDA NA AMÉRICA – A duração da travessia variava de acordo com o ponto de chegada: cerca de 35 dias para o Recife e de 60 para o Rio de Janeiro. As condições da viagem eram péssimas e, por isso, o índice de mortalidade era elevado. Isso explica por que, no século XIX, os navios negreiros foram chamados de tumbeiros, uma alusão às tumbas, sepulturas. Nos mercados próximos aos portos de desembarque, a população negra era exposta para ser comercializada. Os preços variavam de acordo com o sexo, a idade e as condições físicas.

A VIOLÊNCIA CONTRA O ESCRAVO – Além dos trabalhos forçados, castigos eram aplicados para controlar e reprimir os escravos nas fazendas. Eram utilizados instrumentos, tais como: chicotes, troncos, gargalheiras, máscara de flandres, algemas, correntes, palmatória. Os cativos que haviam fugido e eram capturados pelos capitães-do-mato tinham que usar gargalheiras ou então, eram marcados com a letra F de fujão, com ferro em brasa.

A RESISTÊNCIA – Os africanos resistiam à crueldade da escravidão usando meios pacíficos ou violentos.
Muitos evitavam ter filhos ou entravam em estado de profunda tristeza (chamado banzo), que muitas vezes os levava à morte.
Também resistiam de modo mais direto como roubar os pertences do senhor, assassinar feitores, capitães-do-mato e familiares do senhor.
A mais significativa forma de resistência era a fuga. Porém, nem todo escravo era bem-sucedido. Um capitão-do-mato podia capturá-lo, ou uma autoridade desconfiar da sua condição de livre e devolvê-lo ao seu dono. Boa parte dos que conseguiam fugir, embrenhavam-se nos matos e formavam quilombos, ou seja, aldeias de escravos fugidos. Também chamados de mocambos, os quilombos eram aldeias fortificadas que reuniam escravos fugidos, índios, escravos alforriados e brancos pobres.
O quilombo mais conhecido foi o Quilombo dos Palmares (em terras localizadas onde hoje é o estado de Alagoas). Zumbi foi o mais famoso chefe desse quilombo, por isso se tornou um símbolo para a cultura afro-brasileira.

TROCAS E CONFLITOS

A CONVIVÊNCIA ENTRE SENHORES E ESCRAVOS – Depois de estudar a sociedade nordestina do período colonial, o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre concluiu que, apesar da violência que a escravidão representou, teria havido mais integração que conflito entre senhores e escravos. Exemplos: os filhos dos senhores brincavam com crianças negras, muitas vezes crianças brancas dividiam o leite materno com crianças negras, pois era comum a presença da ama-de-leite entre as famílias coloniais.

UMA SOCIEDADE MISCIGENADA – Outro exemplo da integração racial seria o grande número de mestiços. Foi comum a prática de homens brancos, inclusive proprietários de terras, manterem relações sexuais com negras ou mulatas, as quais geravam filhos.
Alguns desses filhos eram reconhecidos pelo pai como filhos, outros recebiam alforria (liberdade) por meio do testamento deixado pelo pai. Documentos também comprovam que alguns senhores se casavam com escravas ou forras.
Gilberto Freyre defendeu que no Brasil houve uma integração racial que não se verificou em outros lugares da América.

SINCRETISMO RELIGIOSO – Na América, santos católicos foram associados a deuses das religiões africanas, resultando em uma nova tradição religiosa.
A religião dos africanos era vista pelos católicos como feitiçaria. Para evitar pressões da Igreja e ocultar as divindades a quem dirigiam as preces e agradecimentos, os escravos negros passaram a associar cada divindade do candomblé a um santo católico. O sincretismo, portanto, foi um modo que os escravos negros encontraram para preservar, ao menos em parte, as suas tradições.

UM MUNDO DE OPOSTOS – Historiadores como Jacob Gorender discordam do sociólogo pernambucano Gilberto Freyre. Eles não negam as trocas culturais entre negros e brancos, mas afirmam que essa visão esconde o traço mais importante: a exploração e a dominação.
A legislação proibia que um senhor matasse, mutilasse ou castigasse demasiadamente um escravo, mas essas práticas eram comuns. O grande número de mestiços revelaria também a violência que os senhores exerciam sobre as escravas.
Muitos senhores jamais reconheceram seus filhos nascidos de uma escrava, mantendo-os na condição de cativos.




quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SÍNTESE: A VIDA NOS ENGENHOS



OS SENHORES DE ENGENHO – Os senhores de engenho constituía o grupo mais poderoso da colônia. Eram donos de grande riqueza, terras e escravos. Suas principais ocupações eram a aquisição de terras, o comércio do açúcar, a compra, a venda e o controle dos escravos, a administração da propriedade e o pagamento dos salários aos trabalhadores livres.

TRABALHADORES ESPECIALIZADOS – Em todas as etapas da produção do açúcar, havia a presença maciça dos escravos. Eram eles que realizavam a parte mais perigosa e penosa do trabalho. Os trabalhadores especializados podiam ser:
• Feitores – O feitor de plantações escolhia as terras para o plantio, o tipo de cana e os momentos adequados para o cultivo e a colheita. O feitor da moenda recebia a cana e controlava a produção do caldo. Acima deles havia o feitor-mor, que cuidava do ritmo da produção, controlando o transporte da cana para as moendas e garantindo a manutenção e o bom funcionamento dos equipamentos.
• Mestre de açúcar – Esse era o trabalhador mais bem pago, pois a qualidade do produto final dependia em grande parte do seu conhecimento e da sua experiência. O mestre de açúcar provava o caldo a todo o momento. Quando o melaço atingia o ponto, ele determinava sua retirada do fogo e o encaminhava para a purga.
• Outros trabalhadores – O purgador administrava o processo de clareamento do açúcar. O caixeiro coordenava a embalagem do açúcar já branqueado e retirava parte dos impostos que cabia à Coroa. Na cidade, outro caixeiro se responsabilizava da venda do produto para os comerciantes que o levariam para o exterior.

OS ESCRAVOS – A marca da vida dos escravos era a violência. Eram retirados a força da sua terra natal, faziam trabalhos pesados e insalubres, se alimentavam mal, sofriam castigos freqüentes, as famílias e as nações africanas eram desintegradas. Essa foi a marca na vida do negro escravizado na América portuguesa. Eram tratados como “peças”.

• Escravos ladinos e escravos boçais – No engenho, as “peças” eram novamente selecionadas. Os escravos que tinham dificuldades de adaptação aos trabalhos, à língua e a os costumes da colônia eram chamados boçais. Eram destinados às tarefas cansativas, repetitivas, tanto na lavoura quanto na casa das máquinas.
Os considerados mais capazes para aprender as novas técnicas e manusear equipamentos mais complexos eram os ladinos. Trabalhavam nas moendas, nas caldeiras, na casa de purgar, na casa-grande e nas oficinas (olarias, carpintarias, ferrarias).

A CASA-GRANDE – A casa-grande era a residência dos senhores de engenho. As primeiras construções, com paredes de barro e teto de sapé ou folhas de palmeira, tronaram-se sólidas, com alicerces em pedra e telhados de barro. Podiam ser térreas ou com mais de um andar. Tinham muitos cômodos. Até o século XVIII raramente foram luxuosas. Tinham poucos móveis e objetos decorativos.
Atenção especial era dada ao oratório domestico ou à capela, onde ficavam os santos de devoção da família.

A SENZALA – Os escravos viviam na senzala. Era uma construção quase sempre precária, com paredes de barro e cobertura de sapé, que sempre exigia reparos.
Internamente o espaço individual era pequeno, com divisória de palha trançada ou pau-a-pique, o que dificultava a privacidade.
Uma vez por anos os escravos recebiam roupas e tecidos, feitos de algodão grosseiro.



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

SÍNTESE: PROPOSTAS DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Diante da miséria da maioria da população européia, surgiram várias propostas para alterar as formas de organização da sociedade.

OS PRIMEIROS SOCIALISTAS – Provavelmente a palavra socialismo foi usada pela primeira vez na Inglaterra, em 1827, em um artigo de jornal. Ainda não havia uma teoria socialista; havia apenas uma disposição política de alargar os limites da democracia burguesa. Vários pensadores e políticos apresentaram propostas de uma ampla reformulação para superar os problemas sociais.
• Saint-Simon (1760-1825), francês e de origem nobre. Defendia a livre empresa e o lucro dos industriais e propunha que o governo fosse composto de trabalhadores e capitalistas.
• Charles Fourier (1772-18370, também francês, era filho de comerciantes. Propôs a criação dos falanstérios, ou seja, comunidades financiadas com dinheiro público ou privado e auto-suficientes, em que cada um receberia conforme a sua capacidade de trabalho e as pessoas viveriam de forma cooperativa.
• Robert Owen (1771-1858) era inglês e empresário. Desejava mudar a sociedade por meio da criação de cooperativas de produtores e consumidores e pela educação de todo o povo.


SOCIALISMO E UTOPIA – Os primeiros socialistas foram muito criticados, pois suas propostas eram de difícil realização ou só poderiam ser colocadas em prática em condições muito especiais. Para Friedrich Engels (1820-1895), pensador alemão do século XIX, só seriam alcançadas por meio de uma obra voluntária, feita pelas elites, que teriam de concordar em perder boa parte de suas propriedades, privilégios e fortunas, em troca do bem-estar comum. E, segundo Engels, isso nunca ocorreria; por isso, ele classificou os primeiros pensadores socialistas de utópicos.
No entanto, várias idéias dos socialistas utópicos foram aproveitadas pelos futuros pensadores socialistas, como Karl Marx (1818-1883) e o próprio Engels, para elaborar outras propostas de transformação social.

O MARXISMO – O marxismo foi a mais importante e difundida das teorias socialistas, por sua consistência teórica e por suas repercussões práticas. Deve seu nome a Karl Marx, que contou com a colaboração intelectual e a ajuda material de Friedrich Engels.
A teoria marxista afirmava existir uma permanente luta de classes na sociedade. Para Marx, essa luta move a história, fazendo-a avançar.

O ANARQUISMO – Além dos socialistas utópicos e dos marxistas, outra proposta de mudança social surgiu no século XIX: o anarquismo. As idéias anarquistas privilegiavam a liberdade e a justiça e partiam do princípio de que o homem tinha, por natureza, as condições necessárias para viver bem socialmente.
Segundo várias correntes do anarquismo, o Estado, o governo e as autoridades eram a origem de todos os males, porque exerciam controle sobre os indivíduos e os impediam de ser livres.
A alternativa ao Estado é substituí-lo por outras formas de associação, autônomas e de caráter comunitário, capazes de gerir a si mesmas.



SÍNTESE: A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA

Giuseppe Garibaldi


A ITÁLIA PARA OS ITALIANOS – Durante o século XIX, este era o objetivo de parte dos moradores da península Itálica. Até 1860, o território que hoje corresponde à Itália estava dividido em vários reinos, e parte das terras habitadas por italianos, ao norte, estava sob o controle da Áustria.
Os nacionalistas sabiam que a unificação não seria fácil. Não seria conseqüência de uma revolução popular, mas sim de uma guerra com a participação das grandes potências européias.


O PROCESSO DE UNIFICAÇÃO – O reino de Piemonte-Sardenha, região industrializada ao norte da Itália, deu início ao processo de unificação. O primeiro-ministro Cavour, com o apoio de Napoleão III, da França, derrotou as forças austríacas e incorporou territórios italianos.
Ao mesmo tempo, o republicano Giuseppe Garibaldi, à frente de um exército de mil homens, conhecidos por camisas vermelhas, desembarcou na Sicília e iniciou uma nova frente de guerra de unificação, do sul em direção ao norte.
Em 1861, o país foi unificado, e Vítor Emanuel II, rei do Piemonte-Sardenha, foi proclamado rei da Itália. Faltava apenas conquistar as cidades de Veneza e Roma.

Otto von Bismarck

A PRÚSSICA CRIA A ALEMANHA – A Alemanha unificada teve uma historia muito parecida com a Italiana. A principal diferença foi que, ao contrario dos italianos, muitos alemães estavam espalhados e misturados a outros povos em toda a Europa Central.

O ARTICULADOR DA UNIFICAÇÃO – Em 1862, por escolha de Guilherme I, rei da Prússia, Otto von Bismark tornou-se chanceler (cargo correspondente a primeiro-ministro). Foi dele a estratégia de criação da Alemanha. Por meio de um intenso trabalho diplomático, Bismark iniciou uma série de acordos políticos com o intuito de derrotar a Áustria e vencer a resistência dos franceses.
Depois de um grande esforço para equipar, modernizar e aperfeiçoar o exército prussiano, que se tornou a mais poderosa força armada da Europa, Bismark lançou suas tropas nas guerras de unificação.
Por fim, em 1870, Bismark deu início à Guerra Franco-Prussiana.
Em 1871, Guilherme I foi coroado imperador da Alemanha, e Bismark tornou-se o principal chefe militar do país. A unificação alemã não foi uma obra individual: sem o desenvolvimento industrial da Prússia, a integração econômica de grande parte do território alemão e a expansão de uma cultura nacional, a criação do Estado alemão nunca teria sido alcançada.



SINTESE: A OCUPAÇÃO HOLANDESA NO NORDESTE

Maurício de Nassau

Ao longo do período colonial, a produção açucareira alcançou muito sucesso. Apesar disso esse período foi marcado por momentos de crise. Na primeira metade do século XVII, colonos do Nordeste enfrentaram um período tumultuado por causa das invasões holandesas. Para entender essas invasões, precisamos compreender o que se passava em Portugal, Espanha e Holanda...

A PARCERIA ENTRE PORTUGAL E HOLANDA – Para construir um engenho, era preciso investir muito dinheiro. Como os portugueses não tinham condições de custear o empreendimento, a Holanda passou a bancar todas as etapas, desde o financiamento até o fornecimento de equipamentos para a produção do açúcar. Em troca, os holandeses tinham o direito de comercializar o açúcar.

A UNIÃO IBÉRICA E O PODERIO ESPANHOL – A morte do governante português, cardeal Dom Henrique, em 1580, ocasionou uma crise política em Portugal, pois não havia sucessores legítimos e diretos para o trono lusitano.
O rei espanhol Felipe II, que descendia da casa real portuguesa por parte de mãe, invadiu o vizinho reino português, derrotou pretendentes ao trono e assumiu o poder. O domínio da Espanha sobre Portugal ficou conhecido como União Ibérica que durou de 1580 a 1640.


ESPANHA E HOLANDA: DOMÍNIO E GUERRA – O reinado de Felipe II estendia-se aos Países Baixos (Holanda e Bélgica). Algumas províncias dessa região, descontentes com o domínio católico e com a cobrança de pesados tributos, lutavam para se tornar independente da Espanha. A situação se complicou ainda mais quando Felipe II proibiu o comércio da Holanda com as colônias lusitanas.

DA BAHIA A PERNAMBUCO – A invasão holandesa do Nordeste foi promovida pela Companhia das Índias Ocidentais, que detinha o monopólio do comércio na América e na África. O primeiro grande ataque ocorreu em 1624, na Bahia, com o objetivo de tomar a cidade de Salvador, sede da administração colonial.
Em um primeiro momento, o ataque foi bem-sucedido; porém, a resistência organizada após a invasão impediu que os holandeses consolidassem seu domínio, obrigando os invasores a abandonar a cidade no ano seguinte.
A derrota em Salvador revelou a necessidade de se buscar, na rica região do açúcar, uma área menos protegida, mas de igual importância econômica. A escolha recaiu sobre a capitania de Pernambuco.
Em 1630, os holandeses atacaram o litoral pernambucano e apoderaram-se da região em 1635. A sede do governo holandês, estabelecida primeiramente em Olinda, logo foi transferida para Recife.

O DOMÍNIO HOLANDÊS NA AMÉRICA PORTUGUESA – Depois da conquista de Pernambuco, novos ataques possibilitaram aos holandeses estender seus domínios de Alagoas até o Rio Grande do Norte.
A cidade de Recife, sede da administração holandesa, ganhou ares de cidade européia. Praças, pontes e edifícios foram construídos, ruas foram calçadas, cientistas e artistas europeus registraram a natureza e a paisagem local em seus trabalhos.
Maurício de Nassau, principal autoridade holandesa no Nordeste entre 1637 e 1644, fez alianças e concedeu empréstimos aos fazendeiros, a fim de retomar rapidamente a produção de açúcar prejudicada pela guerra.

A RESTAURAÇÃO – Portugal recuperou sua independência em 1640, em um movimento conhecido como Restauração, com a aclamação de D. João IV. As dificuldades financeiras do país impediram a pronta recuperação dos territórios sob domínio estrangeiro na África e na América. Por isso, os holandeses permaneceram no Nordeste até 1654.

TENSÕES ENTRE HOLANDESES E COLONOS – A saída de Maurício de Nassau do governo holandês no Nordeste, em 1644, pôs fim à boa convivência que se tinha estabelecido entre holandeses e colonos no Nordeste açucareiro.
Os novos administradores pressionaram os fazendeiros a pagar os empréstimos concedidos sob ameaça de confiscar suas terras ou a produção de açúcar. Essa situação causou uma nova guerra entre colonos e holandeses.

AS GUERRAS DE EXPULSÃO – Os combates para expulsar os holandeses ficaram conhecidos como Insurreição Pernambucana. Eles começaram em 1645 e se estenderam por nove anos. As duas batalhas de Guararapes, em 1648 e em 1649, foram decisivas para restaurar gradualmente o domínio português.
Em 1654, os holandeses assinaram a Capitulação da Campina da Taborda e se retiraram definitivamente do território nordestino. Porém, a paz só foi assinada em 1661.



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

15 DE OUTUBRO - DIA DO PROFESSOR





O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.



Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.


O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".




Fontes:
Site www.diadoprofessor.com.br
Site www.unigente.com



Dia do Professor em outros países:

Estados Unidos: National Teacher Day - na terça-feira da primeira semana completa de Maio.

World Teachers’ Day - UNESCO e diversos países - 5 de Outubro

Tailândia - 16 de Janeiro

Índia - 5 de Setembro

China - 10 de Setembro

México - 15 de Maio

Taiwan - 28 de Setembro

Argentina - 11 de Setembro

Chile - 16 de Outubro

Uruguai - 22 de setembro

Paraguai - 30 de Abril

Texto: Portal da Família




segunda-feira, 12 de outubro de 2009

12 DE OUTUBRO - DIA DAS CRIANÇAS



Você que vive ocupado, que tem as horas contadas, e sempre olha seu filho precisando de uma atenção a mais, pense bem numa alternativa para desacelerar! O tempo passa e seu filho vai crescer. Não dá pra voltar atrás!
É o que penso quendo olho minha filhinha e meu coração chega a dar um nó...
Bem, o dia 12 de outubro, quando é comemorado o dia das crianças, também é comemorado o dia da padroeira do Brasil, logo, é FERIADO!
Programe o seu dia e divirta-se da melhor forma que existe: com seu filho!
E que não seja um dia apenas, mas que todos os dias possam ser especiais e felizes para todas as crianças!!!

Saiba agora como surgiu o "dia das crianças".

Como surgiu o Dia da Criança


O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.


Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de
"criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi
oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.




Em outros países

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na
Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e
Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez
das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA

1º Princípio – Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família.

2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança.

3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.

4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto.

5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais.

6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.

7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.

8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.

9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral.

10 º Princípio – A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

Fonte: Portal da Família - portaldafamilia.or.br


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CONSTITUIÇÃO DE PERNAMBUCO - 20 ANOS

Hoje, 5 de outubro de 2009, a Constituição de Pernambuco completa 20 anos.
Parabéns Pernambuco, por mais uma de suas conquistas!

Assembléia Legislativa de Pernambuco
Wikipedia commons - Roberto Albuquerque


Abaixo, confira a Constituição de Pernambuco na íntegra!

Constituição do Estado de Pernambuco - em PDF

Constituição do Estado de Pernambuco

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Militarizada, China silencia protestos nos 60 anos da Revolução Comunista - O Globo

Militarizada, China silencia protestos nos 60 anos da Revolução Comunista - O Globo

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RIO 2016!!! A OLIMPÍADA É NOSSA!!!



Esse será um evento histórico, como disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Quero falar um pouco agora, do sentimento que deve estar presente em nós nesse momento: sentimento de brasilidade. Brasilidade é, antes de tudo, vibrar com as conquistas do Brasil. É amar, é torcer para ver o povo brasileiro sorrir, apesar de qualquer realidade que rodeie nossa alegria.
Isso faz parte do "ser brasileiro". Não foi só o Rio de Janeiro que ganhou, que venceu os preconceitos (como disse o presidente Lula), mas o Brasil como um todo.



Nunca houve uma olimpíada na América do Sul. Essa é a nossa vez! E que seja inesquecível, como foi o anúncio hoje em Copenhagen. O povo vibrou e, em gritos que ultrapassaram as fronteiras, os brasileiros se sentiram "poderosos"!
O Rio, primeira sede sul-americana das Olimpíadas contou com um vídeo promocional do Fernando Meireles (que moral!!!) que mostrava os cariocas cantando "Cidade Maravilhosa" e praticando esportes diversos, de um belíssimo discurso feito pelo presidente Lula, e uma arma secreta: um novo vídeo do Fernando Meireles, com a promessa de convencer definitivamente o COI de que a Olimpíada de 2016 deveria ser no Rio. E convenceu!!!
Eu vi o vídeo e foi emocionante! Trata dos muitos povos que vivem aqui, nacionalidades tão diversas, com suas diferentes culturas, e tudo embalado pelo clima esportivo do povo brasileiro e a amabilidade carioca.

Estou orgulhosa como carioca e, principalmente, como brasileira!!!

Veja abaixo o vídeo promocional.



Símbolo das cidades que concorreram com o Rio






quarta-feira, 30 de setembro de 2009

30 DE SETEMBRO - DIA NACIONAL DA(O) SECRETÁRIA(O)



Durante a segunda fase da Revolução Industrial (fase esta iniciada em 1860), Christopher Sholes inventou um tipo de máquina de escrever. Sua filha - Lilian Sholes - testou tal invento, tornando-se a primeira mulher a escrever numa máquina, em público.

Lilian Sholes nasceu em 30 de setembro de 1850. Por ocasião do centenário de seu nascimento, as empresas fabricantes de máquinas de escrever fizeram diversas comemorações. Entre elas, concursos para escolher a melhor datilógrafa.

Tais concursos alcançaram sucesso, passando a repetir-se anualmente, a cada 30 de setembro. Como muitas secretárias participavam, o dia passou a ser conhecido como o "Dia das Secretárias".

Com o surgimento das associações da classe de secretárias do Brasil, apareceram os movimentos para o reconhecimeno da profissão. Das atividades das associações, uma das conseqüências foi a divulgação e popularização do dia 30 de setembro como sendo o "Dia da(o) Secretária(o)".

Em alguns Estados brasileiros o dia foi oficialmente reconhecido. Em São Paulo, por exemplo, a lei nº 1.421 de 26/10/1977, reconhece e oficializa 30 de setembro como "Dia da(o) Secretária(o)".

Há também o "Dia Internacional da(o) Secretária(o)", que é comemorado na última 4ª feira do mês de abril.

E você Secretária(o), qual sua atitude neste dia?

Primeiro - Faça dele um dia de reflexão, de auto-análise pessoal e profissional.

Ser Secretária(o), hoje, é optar por uma profissão. É gostar do que se faz. É investir no crescimento e na harmonia pessoal e profissional. É ter consciência do seu importante papel de agente de mudança e da atuação como assessora e agente facilitador.

Fonte: Apostila de Maria Liana Natalense

terça-feira, 29 de setembro de 2009

RESPOSTA DA ATIVIDADE - 9º ANO (8ª SÉRIE)

1. 1934. Para exigir uma Constituição, já que a de 1891 fora suspensa por Getúlio Vargas.
2. 1934. Era liberal e progressista.
3. Voto secreto, voto para mulheres, ensino primário gratuito e obrigatório, jornada de trabalho de 8 horas, férias e descanso semanal remunerado.

4. Ação Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL).
5. Getúlio aproveitou-se da situação para mostrar à população que o comunismo era um perigo para o Brasil e conseguir que o Congresso aprovasse o Estado de Sítio. Às vésperas das eleições em 1937, fechou o Congresso e outorgou imediatamente uma nova Constituição nos moldes fascistas.
6. Não era possível importar manufaturas naqueles anos de crise após a depressão econômica de 1929, dessa forma, o Brasil entrou num processo de industrialização acelerado.
7. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
8.
Cinco navios brasileiros foram afundados por submarinos alemães.
Ao lado dos Aliados.
A FEB (Força Expedicionária Brasileira) lutou na Itália com o Quinto Exército Aliado, entrando em combate em novembro de 1944, nas batalhas de Monte Castelo, Montese e Collechio.
9. 1946 a 1964.
10. Durou quatro anos e teve característica nacionalista.
11. Petrobrás.
12. 24 de agosto de 1954. Vargas Suicidou-se.
13. “Cinquenta anos em cinco”. Significava que o Brasil se desenvolveria o equivalente a cinquenta anos, em apenas cinco anos. Foram quatro anos de governo.
14. A política desenvolvimentista, e a construção de Brasília.
15. 21 de abril de 1960.
16. De acordo com os opositores de JK: inflação alta, empréstimos estrangeiros, desvalorização da moeda, aumento do custo de vida.
17. Jânio Quadros. Simbolizava a promessa de que iria “varrer” a corrupção do país.
18. O governo de Jânio Quadros. Durou sete meses.
19. Regime parlamentarista – O chefe de governo é escolhido pelo Congresso. O presidente eleito pelo povo tem menos poder./ Regime presidencialista – O presidente eleito pelo povo tem plenos poderes. O presidente é o chefe do governo.
20. Foi um movimento formado por militares e apoiado por civis que depôs o presidente João Goulart.

RESPOSTA DA ATIVIDADE - 8º ANO (7ª SÉRIE)

1. Em 1799. O Golpe de Estado ficou conhecido como 18 Brumário.
2. Dissolveu a Assembléia, aprovou uma nova Constituição, substituiu o Diretório pelo Consulado.
3. 16 anos. Deixou de lado os princípios iluministas e foi despótico.

4. O Código Civil Napoleônico.
5. 1803. Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia.
6. O Bloqueio Continental.
7. Nenhum país poderia comercializar coma Inglaterra, sob pena de ser invadido pelas tropas napoleônicas.
8. Portugal. Em 1808.
9. Em Waterloo – Bélgica. Em 1815.
10. Reunião realizada pelos países vencedores da batalha contra Napoleão, objetivando fazer a Europa voltar às suas configurações anteriores a 1789, reafirmando o Antigo Regime.
11. Para que a América pudesse comprar as mercadorias vindas da Inglaterra, aumentando, assim, seu mercado consumidor.
12. San Martín e Simon Bolívar.
13. 1811 – Paraguai/ 1816 – Argentina/ 1816 – Chile/ 1819 – Grã-Colombia (Venezuela, Colômbia e Equador) / 1820 – México/ 1821 – Peru/ 1822 – Bolívia.
14. Independência e Liberdade.
15. Augustin Itúrbide.
16. Porto Rico e Cuba.
17. A independência dos EUA; os ideais do iluminismo e da Revolução Francesa; os conflitos de interesses das elites agrárias e mercantis do Brasil e o pacto colonial.
18. Garantir que todas as atividades econômicas da colônia gerassem lucro para a metrópole.
19. Marquês de Pombal.
20. Instituiu a cobrança de 100 arrobas anuais de ouro a ser entregue a Coroa, criou companhias comerciais que tinham o monopólio da navegação e do comércio na colônia, transferiu a capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
21. Porque ele veio com a tarefa de fazer cumprir o alvará de 1750 – o pagamento das 100 arrobas (a Derrama).
22. A Conjuração Mineira.
23. Fundação de uma universidade em Vila Rica, desenvolvimento das manufaturas têxteis e da siderurgia, liberação do Distrito Diamantino para toda a população mineira, perdão de todas as dívidas com a Fazenda Real.
24. Joaquim Silvério dos Reis.
25.
A alta dos preços do açúcar levou os proprietários de terras na Bahia, a ampliar o cultivo de cana e reduzir as plantações de gêneros alimentícios. Os preços subiram e a fome se espalhou pela capitania.
Conjuração Baiana.
26. Buscavam fugir das tropas napoleônicas, já que Portugal havia rompido o Bloqueio Continental.
27. 1808.
28. Negociações com a Inglaterra em troca da escolta da corte para o Brasil e a necessidade de abastecer a corte.
29. 1808 – Criação da imprensa Régia e publicação do primeiro jornal editado no Brasil – Gazeta.
1810 – Fundação da Real Biblioteca.
1813 – Inauguração do Real Teatro de São João.
1816 – Chegada da Missão Artística Francesa e abertura da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
1819 – Criação do Real Horto (Jardim Botânico).
30. Revolução que começou na cidade do Porto e depois se espalhou pelas cidades mais importantes de Portugal, que exigia a volta de D. João VI e uma Constituição liberal para o país.
31. Em sete de setembro de 1822. Foi resultado de uma aliança política entre o príncipe D. Pedro e a aristocracia rural brasileira.
32. Estados Unidos, em 1824.
33. 1824.
34. Conciliava os interesses da elite com o autoritarismo do imperador.
35. Em junho de 1824. As lideranças de Pernambuco propunham uma república independente do governo central.
36. Frei Caneca.
37. Em sete de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono do Brasil e partiu para a Europa, deixando a Coroa com seu filho Pedro de Alcântara, brasileiro, com cinco anos de idade.

RESPOSTA DA ATIVIDADE - 7º ANO (6ª SÉRIE)

1. Expedições militares européias que foram ao Oriente reconquistar Jerusalém das mãos dos muçulmanos.
2. Por que estampavam uma cruz em suas roupas.
3. Templários – defender o Templo de Jerusalém. Hospitalários – providenciar abrigos para os peregrinos e cuidar deles quando estivessem doentes ou feridos.

4.
•Papa Urbano II.
•1095.
•O perdão dos seus pecados.
5. Foi um movimento cultural que nasceu entre as elites de ricas cidades italianas, no século XIV.
6. Foi um movimento intelectual do Renascimento que posicionou o homem no centro do mundo.
7. Não negavam a existência de Deus, mas colocavam em primeiro plano os interesses humanos e terrenos.
8. O antropocentrismo, o estudo das obras da Antiguidade clássica e a valorização da razão.
9. R-M-M-R-R-M-R-M-R-M
10. Defendia a idéia de que o Sol e todos os astros giravam em torno da Terra. Ptolomeu II, no séc. II.
11. O Sol é o centro do universo e a Terra e os demais planetas giram em torno dele. Nicolau Copérnico, em 1543.
12. Geografia, cartografia, botânica e zoologia.
13. Ricos banqueiros e comerciantes do norte e do centro da Itália, que financiavam e protegiam o trabalho de artistas e cientistas.
14. O realismo das figuras; a técnica de perspectiva e a valorização da cultura greco-romana.
15. Trecento (séc. XIV), Quatrocento (séc. XV) e Quintocento (séc. XVI).
16. Quatrocento: Sandro Botticelli (O nascimento de Vênus); Donatello (São Jorge e Gattamelata); Filippo Bruneleschi (cúpula da Catedral de Florença).
17. Quintocento: Michelangelo (teto da Capela Sistina e as esculturas Pietá, Davi e Moisés); Rafael (Escola de Atenas); Leonardo da Vinci (Mona Lisa).
18.Antropocentrismo – o homem como centro de tudo
Heliocentrismo – o Sol como centro do sistema solar
Teocentrismo – Deus como centro de tudo
Geocentrismo – a Terra como centro do sistema solar
Geografia – descrição da Terra
Cartografia – construção, levantamento e divulgação de mapas.
Botânica – estudo científico das plantas e algas
Zoologia – ciência que estuda os animais
Geometria – ramo da matemática que estuda as formas
19. O fortalecimento da burguesia e os interesses dos reis de ampliar seu poder.
20. Reforma Protestante ou Reforma Católica.
21. A venda de indulgências.
22. O monge Martinho Lutero.
23. Justificação pela fé, sacerdócio universal e negação da infalibilidade da Igreja.
24. Calvinismo – o francês João Calvino – Suíça/ Anglicanismo – rei Henrique VIII – Inglaterra.
25. Conter o avanço do protestantismo e discutir as críticas internas da Igreja.
26. Reunião realizada por cardeais católicos e pelo papa, entre 1543 e 1563, na cidade de Trento, para discutir as reformas.
27. Reafirmou a doutrina católica e a organização da Igreja, negou as mudanças doutrinárias dos reformistas, confirmou os sete sacramentos, o culto À Virgem Maria e aos santos.
28. Evangelização dos povos da América, reativação da Inquisição, criação do Índex e publicação do catecismo.
29. Dentro de cada país as pessoas eram obrigadas a seguir a religião do rei.
30. Na França.
31. Foi um conflito ocorrido em 24 de agosto de 1572, quando cerca de três mil huguenotes (calvinistas) foram massacrados em Paris.

RESPOSTA DA ATIVIDADE - 6º ANO (5ª SÉRIE)

1. Na Mesopotâmia.
2. Porque surgiram próximas a rios.
3. Tigre e Eufrates.
4. A substituição da força humana pela força animal, o uso da roda e a invenção do barco a vela.

5. Alfabeto romano.
6. A invenção da escrita.
7. Cuneiforme.
8. Hieróglifo.
9. Escrita sagrada.
10. Em inscrições oficiais e sagradas e nas paredes dos templos.
11. Fenícios.
12. Por meio da linguagem oral, do canto, da dança, dos desenhos e de rituais diversos.
13.
Mesopotâmia – Tigre e Eufrates.
Egito – Nilo
Palestina – Jordão
Paquistão – Indo
Índia – Ganges
China – Amarelo
14. A Suméria.
15. Ur, Eridu, Uruk, Nipur e Larsa.
16. Um templo em forma de torre ou pirâmide.

17. (Essa é a ordem na pirâmide social)
Rei e seus familiares
Nobres
Sacerdotes
Escribas
Soldados
População
Escravos

18. Para irrigação e como via de transporte e rota para o comércio.
19. O arado com lâminas de bronze e a roda.
20. Os canais de irrigação e as terras.
21. Através da palavra falada e da reflexão.
22. Porque não existiam nem os livros nem os instrumentos que facilitam a escrita, como papel, lápis e caneta.
23. Não há escolas para todos, faltam prédios, os prédios que existem são mal conservados, faltam professores, móveis, papel, livros, lápis etc., e muitos alunos não vão à escola porque precisam trabalhar.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

23 DE SETEMBRO - DIA DO SORVETE

Foto de Vanessa Stehling Portifólio


Que calor!!!
Um breve post em homenagem a algo muito gostoso... O SORVETE!!!
Consta em alguns livros de história que Nero, no ano 60 D.C., já saboreava essa sobremesa em seus banquetes. Naquele tempo a mistura era preparada no momento de servir com sucos de frutas, mel e neve dos Alpes. Os chineses foram, entretanto, os grandes admiradores de sorvete na Antigüidade. Há 3 mil anos, essa delícia gelada era servida pelos chineses usando neve, suco de fruta e mel. Em 1292 o sorvete começou a tomar a forma que conhecemos hoje, quando o famoso viajante italiano Marcopolo voltou ao seu país cheio de novidades: o arroz, o macarrão e o sorvete feito com leite! Desde de então, a sobremesa começou a ser muito consumida em toda a Itália e, até hoje, o sorvete italiano é reconhecido como um dos melhores do mundo. Alguém duvida? Hummmm...... (E tem receita no final do post!)



A primeira sorveteria foi instalada em Baltimore, em 1851. Logo virou um sucesso e seu comércio se expandiu rapidamente, dando assim início à produção industrial do alimento. No Brasil também chegou no século passado e consta que era uma das sobremesas preferidas de D.Pedro II.

O DIA DO SORVETE foi instituído pela ABIS – Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete – desde 2002 e é comemorada justamente para marcar o início das temperaturas mais quentes do ano no país, época em que normalmente se acentua o consumo de sorvetes no Brasil, país que, embora seja tropical, ainda mantém a tradição de consumo de sorvete somente no verão, ao contrário dos países nórdicos, por exemplo. Enquanto eles consomem aproximadamente 20 litros por pessoa/ano, nós consumimos míseros 3,5 litros.

Do ponto de vista nutricional, o sorvete é um alimento completo, pois contém proteínas, açúcares, gordura vegetal e/ou animal, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais numa nutrição balanceada. É um complemento alimentar de alto valor nutritivo, sem ser excessivamente calórico. Comparativamente, vale dizer que 100g de sorvete de creme têm 208 calorias, enquanto a mesma quantidade de pão francês tem 269 e de ovo frito, 216. É claro que estes dados podem variar, dependendo da composição de cada sorvete, mas é certo que aqueles que têm como base o leite são uma fonte considerável de cálcio, mineral essencial para a saúde de dentes e ossos.

Fonte de informações:
aomestre.com.br
msn.minhavida.com.br


*Não resisti e aqui estão algumas receitas fáceis de sorvete. Os mais tradicionais e desejados... Deliciem-se!!!
Ah... o blog ainda é de história, política, cotidiano, etc...(rs)

Receita de sorvete super fácil (você escolhe o sabor que quiser: morango, uva, laranja, chocolate, leite condensado, creme...):
Ingrendientes do sorvete:

1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 gelatina(qualquer sabor)

Como fazer o sorvete:

Prepare a gelatina normalmente e não leve a geladeira.
Depois de pronta, ainda quente, coloque no liquidificador junto com o leite condensado e o creme de leite.
Bata bem.
Depois leve ao congelador em um refratário tampado para não formar blocos de gelo.
Depois de congelado, tire do congelador e bata na batedeira para ficar cremoso.
Volte para o congelador.

Está pronto, um sorvete fácil, prático e gostoso.

Receita de sorvete com sabor de chocolate:
Ingredentes do sorvete:

1 lata de leite moça
1 tablete de 800g de chocolate meio amargo
1 medida e meia de leite quente
Como preparar o sorvete:

Primeiro dissolva o chocolate no leite quente.
Logo após adicione o leite condensado e bata no liqüidificador.
Ponha no congelador ou freezer e espere cerca de 3 horas.


Receita de sorvete com sabor de coco:
Ingredientes do sorvete:

1 xícara de chá de coco ralado
2 xícaras de chá de açúcar
1 colher de saopa de maisena
1/2 litro de leite
2 claras 1/2 lata de creme de leite

Como fazer o sorvete:

Coloque o coco e uma xícara de açúcar na panela e leve ao fogo mexendo até derereter o açúcar.
Adicione a maisena bem dissolvida no leite e mexa até ferver.
Desligue o fogo e mexa o creme até ficar morno.
Bata as claras em neve e adiciona o açúcar restante, o creme reservado e o creme de leite.
Coloque esta mistura em uma forma, ou forminhas de gelo, leve ao congelador e deixe até endurecer.

Receita de sorvete com sabor de morango:
Ingredientes:

350 g morango(s)
1 c. sopa gelatina em pó dl água
9 ml leite
2 c. chá essência de baunilha
175 g açúcar
c. chá sal
1 c. café corante vermelho

Como preparar o sorvete:

Em banho-maria, dissolva a gelatina na água e deixe arrefecer.
Aqueça o leite com a baunilha, o açúcar e o sal e junte a gelatina dissolvida.
Deite num tabuleiro do congelador, tape com papel de alumínio e leve ao congelador durante cerca de 3 horas. Esmague bem os morangos.
Deite metade do creme gelado num copo de batidos e bata até ficar bem cremoso. Deite numa tigela gelada. Bata o restante creme gelado.
Junte os morangos e o corante e misture.
Deite o preparado novamente no recipiente e leve ao congelador durante 2 horas. Retire 10 minutos de servir.

Receita de sorvete com sabor de creme:
Ingredientes:

1 lata de leite condensado
A mesma medida de leite
4 gemas
1 colher (café) de baunilha

Como preparar o sorvete:

Misture os 3 primeiros ingredientes e leve ao fogo, mexendo sempre até engrossar.
Retire, junte a baunilha e deixe esfriar.
Coloque na gaveta de gelo e leve ao congelador por 3 horas.

Receita de sorvete com sabor de café:
Ingredientes do sorvete:

½ xícara de café extra forte pronto
½ xícara de açúcar
1 pitada de sal
2 claras
½ xícara de creme de leite batido
1 colher de chá de essência de baunilha

Como fazer o sorvete:

Misture o café com o açúcar e leve-os ao fogo numa panela pequena.
Cozinhe até formar uma calda grossa.
Bata as claras em neve com a pitada de sal.
Ponha a calda de café, devagar, sobre as claras, sem parar de bater, e depois bata até esfriar.
Leve à geladeira por uma hora.
Bata o creme de leite com a essência de baunilha até ficar bem espesso.
Junte ao creme de café, misture e coloque no congelador ou freezer.
Deixe gelar até que fique bem firme.

Fonte das receitas:
blogodorium.net


LÍNGUAS AMEAÇADAS

Linguista discute risco de extinção de vários idiomas falados por grupos indígenas brasileiros

Esse conteúdo, foi mais uma contribuição do professor Leopoldo Quaresma Jr.
Veja seu blog: www.cienciasempre.blogspot.com


Estudo feito por pesquisadores paraenses mostra que 21% das línguas indígenas faladas no Brasil correm o risco de desaparecer (foto: Valter Campanato/ABr).


Um levantamento recente feito por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi mostra que 154 línguas são faladas no Brasil por diferentes etnias indígenas e que 21% desses idiomas estão ameaçados de extinção. Para falar sobre essa questão, o Estúdio CH desta semana recebe a linguista Ana Vilacy Galucio, uma das integrantes da equipe que conduziu o estudo.

Em entrevista a Mariana Ferraz, a pesquisadora explica que uma língua é considerada ameaçada de extinção se é falada por poucas pessoas e não é mais ensinada às próximas gerações. No Brasil, as línguas indígenas têm poucos falantes – em alguns casos, apenas dois – e o risco de elas desaparecerem é ainda maior porque são transmitidas somente por tradição oral.




Galucio ressalta que o desaparecimento de uma língua afeta uma variedade de elementos culturais que são transmitidos por meio dela – como conhecimentos, pensamentos e a literatura. Além disso, a própria relação da língua com a identidade do povo é afetada.

A linguista aponta algumas causas para o desaparecimento das línguas indígenas no Brasil, como o surgimento de doenças que diminuíram muito as populações e a realização de casamentos entre membros de grupos diferentes. Mais recentemente, a pressão socioeconômica que leva jovens e crianças a saírem das aldeias para estudar e trabalhar nas cidades e fazendas próximas tem contribuído para o desinteresse dessas gerações em aprender sua língua materna.

Mas a pesquisadora acredita que, no atual momento social e político, o país caminha rumo a uma nova valorização da cultura, da tradição e da identidade indígenas, o que pode levar à recuperação de algumas línguas. Ela destaca a importância do registro dos idiomas ainda em uso e da postura ativa da comunidade científica para promover medidas que possam afastar as línguas indígenas da extinção.

Siga as instruções do quadro abaixo para ouvir a entrevista com Ana Vilacy Galucio, que também fala sobre o trabalho do Museu Goeldi para valorizar e documentar a cultura dos povos indígenas brasileiros.


A Redação
Ciência Hoje On-line


QUEM ABOLIU A ESCRAVIDÃO?

Colunista lança pergunta a partir de memória de escola e mapeia respostas com o passar dos anos

Essa matéria foi uma contribuição do professor de Ciências Leopoldo Quaresma Jr..
Link do blog de Ciências www.cienciasempre.blogspot.com

Outro dia, lembrei-me de uma aula de história que tive na escola sobre a abolição da escravidão no Brasil. O professor perguntou para a turma quem tinham sido os principais beneficiários do fim do regime de trabalho escravo no país.

Ao ouvir de um aluno a resposta algo espantada (não seria óbvio?) “os escravos”, o professor não teve dúvidas: sapecou um “errado” em alto e bom som e seguiu discorrendo sobre como os verdadeiros beneficiários do ato foram os republicanos, que a partir de então angariaram simpatia entre os cafeicultores do Vale do Paraíba para derrubar o Império em 1889.

Cartaz do seminário O século 19 e as novas fronteiras da escravidão e da liberdade, realizado em agosto na Unirio. O britânico Robin Blackburn, especialista na história da escravidão, foi um dos destaques do evento.


Naquela época, idos dos anos 1980, não havia nas escolas, salvo raras exceções, professor que ensinasse que a abolição teve como efeito primeiro libertar aqueles que em 1888 ainda estavam cativos.

E isso independentemente das relações políticas que tenham existido – e das que possam ser feitas em sala de aula – entre a abolição da escravidão e a proclamação da República. Professores que defendessem que a luta pela liberdade pudesse ser feita pelos próprios escravos, então, nem pensar.

Para além do chavão à época comum dos livros didáticos (“os escravos não podiam ter se beneficiado da abolição da escravidão porque, no fundo, continuavam cativos da pobreza“), se dizia que eles não poderiam mesmo ter tido papel ativo. A justificativa era simples: não sendo sujeitos históricos, os escravos não seriam capazes de ser protagonistas de seus próprios destinos.

A lembrança da aula me veio à mente ao assistir à conferência de Robin Blackburn, historiador da Universidade de Essex e da New School for Social Research de Nova York, na abertura do seminário internacional O século 19 e as novas fronteiras da escravidão e da liberdade, ocorrido mês passado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) – leia mais sobre o evento.

Blackburn iniciou sua fala jogando luz sobre a relação entre a resistência escrava e a abolição da escravidão nas Américas. Era uma maneira de formular novamente, ainda que em outros termos, a questão que, 20 anos atrás, meu professor sugeriu a seus alunos na escola.

Respostas aparecem anos depois
Só que, naquela época, ainda estava longe de chegar aos bancos escolares os resultados das pesquisas acadêmicas que então mudaram os estudos sobre escravidão no Brasil. De meados da década de 1980 até o inicio dos anos 1990, jovens autores como Maria Helena Machado, Hebe Maria Mattos e Sidney Chalhoub não apenas demonstraram o papel ativo dos escravos e seus descendentes na gestão de suas próprias vidas, como também argumentaram que as diferentes formas de resistência à escravidão contribuíram sobremaneira para a extinção do regime de trabalho escravo no país.

From rebellion to revolution, livro de Eugene Genovese, põe em debate os significados e as intenções das várias formas de resistência escrava (reprodução).


Vinte anos depois, a resposta à pergunta de Blackburn pareceria óbvia. Hoje em dia, não há quem endosse a antiga afirmação de que os escravos seriam coisas, objetos sem qualquer ação social própria.

Nenhum professor que se preze se aventura a dizer que os escravos não tenham tido papel significativo na construção da história deste país. E em nenhum livro didático se lê que o fim da escravidão resultou da ação exclusiva de grandes nomes como Wilberforce na Inglaterra ou a princesa Isabel no Brasil.

E, no entanto, a pergunta não é obvia. Como argumentou Blackburn, desde o fim dos anos 1970, quando o norte-americano Eugene Genovese publicou From rebellion to revolution (‘Da rebelião à revolução’), se discutem os significados e as intenções das várias formas de resistência escrava, das pequenas ações cotidianas às rebeliões.

As revoltas escravas teriam como objetivo a destruição do sistema escravista? Os escravos e seus descendentes livres teriam papel importante no movimento abolicionista? Teriam sido eles fundamentais para a abolição final da escravidão ou meros coadjuvantes em um processo liderado por brancos?

A discussão reacendeu com a divulgação das ideias do historiador português João Pedro Marques, que lançará no ano que vem o livro Who abolished slavery? (‘Quem aboliu a escravidão’, Berghahn Books). Ele argumenta que, nos últimos trinta anos, teria havido um exagero no papel conferido aos escravos na análise dos processos que, em diferentes países, levaram ao fim da escravidão.

Segundo o historiador, a emancipação não teria sido, na maioria dos casos, um processo dominado pelos escravos ou pelos ativistas abolicionistas negros. Para ele, a pergunta “quem aboliu a escravidão?”, se feita na escola, não poderia ter como resposta “os escravos”.

Pergunta mais complexa com o passar do tempo?
Para me intrometer no debate, arrisco dizer que a questão talvez não seja exatamente a de tentar explicar a abolição da escravidão pelo maior ou menor grau de participação dos escravos no processo.

Dois escravos posam com a sua senhora: foto sugere subserviência de um e postura altiva de outro, de modo diferente do que era ensinado nas escolas (reprodução / Wikimedia Commons).

Seria impossível tentar explicar um episódio complexo e continental como esse sem levar em conta fatores como conjuntura internacional, movimentos abolicionistas, opinião pública, economia mundial e, claro, resistência escrava.

Mas impossível também é desconsiderar que todos esses fatores acima elencados, dentre eles as ações de escravos e de seus proprietários, assim como as de negros livres, foram ganhando diferentes significados ao longo do tempo e em contextos espaciais diferentes.

Esta pode ser uma chave interessante para aprofundarmos a pergunta inicial de Blackburn. A análise da correlação entre as ações dos escravos e os processos de abolição da escravidão nos diferentes cenários nacionais das Américas é, no fundo, uma reflexão sobre o lugar das ações humanas nas grandes rupturas de cada tempo.

E é também uma reflexão sobre os papéis diferenciados que os grupos sociais têm na definição das questões econômicas e políticas que, a cada época, marcam as vidas das pessoas. Isso só torna o problema mais difícil. Refletir sobre os significados das ações humanas no passado implica também pensar sobre os efeitos que aquilo que fazemos ou deixamos de fazer tem nas grandes transformações do nosso tempo.

A esta altura, está bem mais complicado responder a pergunta do meu professor agora do que no contexto em que foi feita. Quem aboliu a escravidão? Quem se beneficiou com ela? A resposta depende, no fundo, das nossas próprias concepções sobre os limites e o alcance da agência humana. Mas não será esta mesma a função das perguntas – tornarem-se mais complexas com o passar do tempo?

Texto de:
Keila Grinberg
Departamento de História
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro



domingo, 20 de setembro de 2009

REVOLUÇÃO FARROUPILHA (1835 – 1845)


Hoje, 20 de setembro, é comemorada a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos. Esse foi o mais destacado conflito do período regencial, e só chegou ao fim cinco anos depois da coroação de D. Pedro II.
No século XIX, os pampas do Rio Grande do Sul eram importantes fornecedores de charque (carne-seca salgada), couro e sebo. A produção era voltada, em sua maioria para o consumo interno brasileiro, principalmente do sudeste. Dessa carne comiam tanto pobres e escravos, como ricos.
Nas estâncias (fazendas) trabalhavam homens livres e escravos, mas todos viviam sob rigidez de obediência aos senhores de terras e gados.
Havia muitas reclamações dos estancieiros ao governo regencial porque a charque vindo da Argentina e do Uruguai, entrava no Brasil sem pagar nenhuma tarifa alfandegária especial, e concorriam com os latifundiários do Rio Grande do Sul. Ao contrário do que ocorria com o charque uruguaio e argentino, o sal, indispensável para salgar a carne na fabricação do charque e para alimentar o gado, pagava impostos pesados. Por isso, os fazendeiros gaúchos queriam protecionismo alfandegário, pagar menos impostos ao governo central (uma grande parte do que era pago no Rio Grande do Sul tinha que ir para o Rio de Janeiro) e maior autonomia para a Província. O governo central não cedeu e o conflito foi inevitável.

David Canabarro e Bento Gonçalves: dois importantes líderes da Guerra dos Farrapos.


A Revolução Farroupilha, ao contrario da Balaiada e da Cabanagem, teve pouco apoio dos setores sociais mais pobres. Os peões de gado, os escravos, os roceiros e os artesãos foram usados para os interesses e idéias dos latifundiários. Interesses que não eram seus e idéias que não eram suas. Farrapo era o apelido dos liberais exaltados. Os farrapos nada tinham de esfarrapados, já que a maioria possuía terras e muitas cabeças de gado.
Em 1835, o rico fazendeiro Bento Gonçalves comandou o exército que ocupou a cidade de Porto Alegre e depôs o governador nomeado pelo Rio. Assim, começava os dez anos de guerra civil. Nessa guerra misturavam-se “ideais de liberdade com interesses particulares, heroísmo e assassinatos, laces tolos e episódios aventureiros, bem ao estilo do romantismo da época” (Schmidt – História Crítica). Bento Gonçalves estava preso na Bahia, quando a Sabinada o libertou. Junto com os gaúchos estava Giuseppe Garibaldi, futuro herói da unificação italiana, que apaixonou-se por uma brasileira chamada Anita.
Para alguns rebeldes, que a princípio só eram federalistas, parecia não haver outra solução: o Rio Grande do Sul precisava separar-se do Brasil, e talvez uma união com o Uruguai e a Argentina fosse o melhor desfecho. Fundaram a República Piratini, e partiram para Santa Catarina, para fundar a República Juliana. Apesar de todo esse movimento, a maioria dos farroupilhas sabiam que a separação do Brasil seria uma tolice: não era negócio abrir mão do mercado brasileiro. Bento Gonçalves não planejava a independência e deixou isso bem claro. O problema a ser resolvido, era mesmo a questão dos impostos abusivos e a questão do charque estrangeiro: “Uma administração sábia e paternal os teria indenizado de sacrifícios (...). A carne, o couro, o sebo, a graxa, além de pagarem nas alfândegas do país o duplo dízimo (...) exigiam iguais quinze por cento em qualquer dos portos do Império”.
O governo central estava muito mais bem preparado em dinheiro e armas do que os gaúchos, já que o café estava se expandindo sem parar e tornaria o Sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo) a região mais rica do Brasil. Por essa razão, o Duque de Caxias conseguiu organizar o exército e sob seu comendo os inimigos eram “abatidos” a golpes de espada. Porém, os prisioneiros eram tratados com dignidade, principalmente os oficiais farroupilhas, homens de origem abastada. O governo central queria a reconciliação e precisava do apoio gaúcho nas guardas das fronteiras do sul. Ao final da revolução, os farroupilhas foram derrotados no campo de batalha e não ganharam o federalismo, mas, a “paz honrosa” os anistiou, e o charque passou a ser protegido das importações da concorrência.
Atualmente, grupos ligados aos direitos dos afro-descendentes acusam Caxias e o comandante farroupilha Davi Canabarro de propositalmente terem ordenado que os soldados negros assumissem as tarefas mais arriscadas no campo de batalha. Eram ex-escravos ou ainda cativos que contavam com sua libertação após a guerra.
De acordo com Mario Schmidt, especialmente no Rio Grande do Sul, aconteceu um elogio exagerado da Revolução Farroupilha. Os historiadores tradicionais e oficiais a viram como “uma epopéia de grandes heróis desinteressados e lutadores pela liberdade”. Como disse a historiadora gaúcha Sandra J. Pesavento, busca-se “legitimar o poder de um grupo na sociedade e ‘sacralizar’ seu mando, pela imposição de um passado dignificante, do qual não só a elite governante, mas todo o povo rio-grandense seria herdeiro”.

Bibliografia: Nova História Crítica – Mario Schmidt



sábado, 12 de setembro de 2009

TAJ MAHAL

A novela Caminho das Índia, depois de quase 8 meses no ar (começou no dia 19 de janeiro) acabou, deixando um gostinho de "quero mais" na maioria das pessoas que acompanharam as histórias. As críticas existem mas, o que não se pode negar é que a trama escrita por Glória Perez mostrou uma cultura belíssima onde o respeito aos mais velhos é um dos destaques. O clima de romance que pairava em muitas cenas prendia a atenção o os sentidos.
Bem, para ficar de lembrança, coloco aqui no blog uma das produções mais lindas que o ser humano foi capaz de idealizar e construir: o Taj Mahal (não é à toa que foi eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno!). Sua história é emocionante. Leia o texto e verá. Ao final da postagem, assista o vídeo com a música "Os Portais do Taj Mahal" do Alexandre de Farias (produtor da novela).


TAJ MAHAL
Agra, Índia


O Taj Mahal, uma enorme mesquita-mausoléu de rara beleza, foi construída por ordem de Shah Jahan, o quinto monarca muçulmano do império Mogul (estabelecido em 1526 e oficialmente abolido pelos ingleses em 1857), em memória de sua esposa, Arjuman Bano Begum, uma princesa persa mais conhecida como Mumtaz Mahal, falecida em 1631, aos 39 anos de idade, durante o parto de seu 14º filho. Abalado pelo óbito inesperado o monarca mergulhou em luto profundo, sem esquecer, porém, que o último desejo que a esposa lhe segredara fora o de que ele perpetuasse a lembrança dela mandando erguer um mausoléu como jamais o mundo tinha visto até então.

A partir daí Shah Jahan se dedicou de corpo e alma ao cumprimento da promessa feita à esposa moribunda, iniciando a construção da maravilhosa obra totalmente revestida com mármore branco e emoldurada por um jardim dividido em quadrados iguais e cruzado por um canal ladeado de ciprestes, no qual se reflete a sua imagem mais imponente. O monumento fúnebre foi erguido de 1631 a 1648, e nele 20.000 trabalhadores labutaram diariamente, utilizando materiais importados de todas as regiões da Índia e também da Ásia Central, transportados no lombo de mil elefantes. Vinte e oito tipos diferentes de pedras raras, e até preciosas, foram empregadas na construção do edifício, desde o arenito vermelho trazido de Fatehpur Sikri (cidade indiana construída em 1568 e abandonada cerca de catorze anos depois por falta de água), ao jaspe do Punjab (também na Índia, fronteira com o Paquistão); jade e cristal da China; turquesas do Tibete, lápis-lazúli e safiras do Sri Lanka; hulha e cornalina da Arábia; e diamantes de Panna (reserva natural em Khajuraho, 620km a sudoeste de Deli, antiga capital da Índia). O luminoso mármore branco veio da distante Makrana, no Rajastão, noroeste da Índia.



A história de amor ligando o imperador à sua esposa mais parece um conto de fadas. Quando ainda príncipe, Kurram - esse era o seu nome na época - se enamorou de uma princesa que contava, então, apenas quinze anos de idade. Ele e ela haviam tido um encontro casual em certa manhã de primavera, e nessa oportunidade, ao cruzarem seus olhares por breves instantes, entrelaçaram definitivamente os seus destinos. Mesmo sem poderem se encontrar ao longo dos cinco anos seguintes, os jovens mantiveram acesa a chama da paixão que os unia, até que em 1612 a cerimônia do casamento os colocou lado a lado. Nesse dia ela foi rebatizada com o nome de Mumtaz Mahal, que significa “a eleita do palácio”, enquanto ele, ao ser coroado imperador em 1628, passou a ser conhecido como Shah Jahan, “o rei do mundo”. Os dois viveram felizes durante dezenove anos, até que a morte os separou de forma prematura e inesperada. Durante os dois anos posteriores ao falecimento da imperatriz, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.



Essa é a origem do Taj Mahal, uma variação curta de Mumtaz Mahal, nome da mulher cuja memória o monumento procura preservar. Por dentro e por fora o mausoléu é simplesmente deslumbrante. Entre as muitas descrições que dele já foram feitas, uma diz que “a câmara mortuária, sempre mergulhada na penumbra, é rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas, formando uma espécie de cortina com milhares de cores, enquanto a sonoridade do interior amplo e elevado, é triste e misteriosa, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter”. Quanto à construção, diz-se que encimando o edifício “surge uma cúpula esplendorosa, a coroa do Taj Mahal, rodeada por outras quatro cúpulas menores, guarnecidas nos extremos da plataforma por quatro torres levantadas com uma pequena inclinação, para que, em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal”. E com relação aos detalhes da obra, ressalta-se que “os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos feitos com pedras semi-preciosas incrustadas no mármore branco, segundo técnica italiana utilizada pelos artesãos hindus, trabalho feito com tamanha precisão que suas juntas somente são percebidas com o auxílio de uma lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados pode ter até 60 incrustações distintas, enquanto o rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço”.



Mas Shah Jahan foi destronado por ser próprio filho e aprisionado durante oito anos na vizinha Grande Fortaleza Vermelha, de onde, segundo a tradição, se podia avistar o Taj Mahal através da pequena janela existente em sua cela. Quando morreu, foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do grandioso monumento, cujo nome tem origem não muito clara. Cronistas da corte do imperador que o construiu, o chamavam de a rauza (tumba) de Mumtaz Mahal, acreditando-se, daí, que a expressão Taj Mahal, usualmente traduzida como “Palácio da Coroa” ou Coroa do Palácio”, possa ser, como já foi explicado, uma versão abreviada do nome da imperatriz.



O monumento, eleito como uma das sete maravilhas do mundo moderno, representa toda a grandiosidade que o amor pode inspirar ás pessoas, e por isso, durante séculos ele tem motivado os poetas, os pintores e os músicos que tentaram capturar a sua magia e transformá-la em palavras, em cores e em música. Viajantes cruzaram continentes inteiros para admirar a esplendorosa beleza dessa obra inesquecível, sendo poucos, muito poucos, os que lhe ficaram indiferentes. Decorridos quase quatrocentos anos após a conclusão da obra, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica, porque, como já disse um poeta, “o Taj Mahal, será para todo o sempre, uma lágrima solitária no tempo”.



FERNANDO KITZINGER DANNEMANN - Contador de Histórias

O VÍDEO



A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRA-REFORMA

Durante a Idade Média, o poder da Igreja era tão grande que sua autoridade era quase inquetionável, mesmo assim já haviam aqueles que ousavam discordar dos seus ensinamentos e da sua prática. Essas pessoas eram consideradas hereges, ou seja, transgressoras da doutrina e dos dogmas católicos, sendo por isso perseguidas pela Igreja.
No século XV, o fortalecimento da burguesia e o interesse dos reis em ampliar seu poder, foram decisivos para fortalecer a crítica à Igreja Católica e provovar sua divisão.

O início de tudo
Em 1517 o papa Leão X decretou a venda de indulgências (documentos que assegurariam o perdão dos pecados de uma pessoa, em troca de uma quantia em dinheiro).
Na Saxônia (atual Alemanha), o monge Martinho Lutero revoltou-se com o decreto do papa e, como resposta, pregou na porta da catedral de Wittenberg um documento com 95 pontos contrários aos ensinamentos e às práticas da Igreja Católica.
Em 1520, Lutero foi declarado herege e excomungado da Igreja, pois recusou-se a voltar atrás na defesa de suas idéias. Apoiado por príncipes alemães, Martinho Lutero continuou difundindo sua doutrina iniciando, assim, a Reforma Protestante.


Martinho Lutero, retratado por Lucas Cranach, em 1529.


A doutrina da Reforma
A doutrina luterana tinha três pontos principais:
*Justificação pela fé - a pessoa é salva por meio da fé e nao pelas obras que pratica;
*Sacerdócio universla - todos os crentes podem interpretar os textos sagrados por si mesmos;
*Negação da infalibilidade da Igreja - a única fonte da verdade é a Bíblia, e não a tradição ensinada pela Igreja.

Outros movimentos reformadores
A Reforma Luterana abriu caminho a novos movimentos reformadores, como o calvinismo e o anglicanismo.

O francês João Clavino, defensor da reforma de Lutero, entrou em contato, na Suiça, com outras idéias protestantes, que o ajudaram a formar uma nova doutrina, o calvinismo. Calvino manteve quase todos os princípios luteranos, mas estabeleceu uma diferenciação radical do luteranismo ao criar a idéia de predestinação absoluta.

O movimento reformador na Inglaterra teve origem essencialmente plítica, pois o rei Henrique VIII, da dinastia Tudor, queria divorciar-se de sua esposa Catarina de Aragão (filha dos reis católicos da Espanha), porque ela não conseguia lhe dar filhos homens. O papa não concedeu o divórcio. Diante disso, em 1531, Henrique VIII rompeu com a Igreja de Roma. Três anos depois (1534), o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que proclamou o rei o único e supremo chefe da Igreja inglesa, a igreja Anglicana. Henrique VIII pode, então, nomear bispos e desapropriar terras da Igreja Católica e distribuí-las entre os nobres ingleses.

A Contra-Reforma
A Contra-Reforma, ou Reforma Católica, surgiu no interior da Igreja Católica com dupla finalidade: conter o avanço do protestantismo e discutir as críticas internas da própria Igreja.
A Igreja tomou medidas para reorganizar sua estrutura interna. Entre 1534 e 1590 as finanças foram reorganizadas, exigiu-se o preenchimento dos cargos da Igreja por padres destacados pela integridade moral e adotou-se uma plítica intolerante com os padres de conduta duvidosa.

O Concílio de Trento

Detalhe do afresco Concílio de Trento, de Taddeo Zuccaro, feito entre 1560 e 1566.


Entre 1545 e 1563, os cardeais católicos, sob a direção do papa, reuniram-se na cidade de Trento, na Itália, para discutir as reformas.
O Concílio reafirmou a doutrina católica e a organização da Igreja. Negou as mudanças doutrinárias realizadas pelos reformistas, confirmando os sete sacramentos, o culto à Virgem Maria e aos santos. Enfim, confirmou que as fontes da doutrina católica são as tradições e a Bíblia.
O Concílio de Trento acabou reafirmando a divisão da comunidade cristã, iniciando uma acirrada disputa entre católicos e protestantes em busca de adeptos.

A Igreja utilizou vários meios para conter o protestantismo e alcançar novos fiéis, tais como:

- expandir a fé católica além da Europa (evangelização dos povos da América, empreendida pela ordem dos jesuítas);
- reativação do Tribunal do Santo Ofício (ou Inquisição, que agia como guardiã da fé católica, punindo os suspeitos de agir de forma condenável pela Igreja);
- Criação dos ìndices Proibidos - O Index (lista de livros censurados pela Igreja, considerados prejudiciais à fé católica);
- Publicação do catecismo (resumo da doutrina católica).

Esses instrumentos foram eficientes, principalmente nos países da Península Ibérica, onde a Reforma Católica teve o apoio dos reis católicos da Espanha e de Portugal.

A divisão da Europa
Em meados do século XVI, os cristãos europeus estavam divididos em várias igrejas. Dentro de cada país as pessoas eram obrigadas a seguir a religião do rei. Por exemplo, nas regiões da Alemanha onde o luteranismo havia sido adotado, os católicos foram perseguidos. Na Espanha, a Inquisição perseguiu protestantes, judeus, cristãos-novos (filho ou neto de judeus convertido ao cristianismo) e muçulmanos.
Do vasto domínio da Igreja de Roma na Europa, restaram apenas Península Itálica, Espanha, Portugal, Áustria, França, Polônia, sul da Alemanha e Irlanda. Mesmo assim, nesses países, os protestantes tinham muitos adeptos.

Católicos X calvinistas na França
Foi na França que a divisão entre católicos e protestantes se manifestou de forma mais violenta. A divisão mais acirrada opunha os católicos aos calvinistas, chamados na França de huguenotes.
No reinado de Carlos IX as tensões se agravaram. O momento mais grave ocorreu em 24 de agosto de 1572, na chamada Noite de São Bartolomeu, quando cerca de 3 mil huguenotes foram massacrados em Paris a mando da mãe do rei, a católica Catarina de Médicis.

Detalhe da obra de François Dubois, do século XVI, A noite de São Bartolomeu.


Na França, milhares de pessoas morreram numa onda de guerras religiosas que foi desencadeada por essa noite. O conflito só terminou com a promulgação do Edito de Nantes, em 1598, que concedeu liberdade de culto no país.

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