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sábado, 21 de novembro de 2009

SÍNTESE: ATIVIDADES DE APOIO À CULTURA AÇUCAREIRA NO NORDETESTE COLONIAL


NEM SÓ DE AÇÚCAR VIVIA A COLÔNIA

AGRICULTURA DE EXPORTAÇÃO E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – A produção de cana-de-açúcar em grandes propriedades e destinada à exportação, foi a base da colonização portuguesa no Brasil nos séculos XVI e XVII, mas isso não significa que outras atividades não tiveram importância.
Os proprietários rurais, em geral, resistiam à idéia de utilizar a terra para produzir artigos voltados para o consumo da colônia, pois estavam mais interessados nos lucros gerados pelas vendas do açúcar.

A CRIAÇÃO DE GADO – Em todas as propriedades, animais de tração eram empregados para puxar carros, transportar cargas, como montaria e para acionar moendas e moinhos. Dos animais também se obtinha o couro, a carne e o leite.
Com o passar do tempo, porém, deixou de ser vantajoso destinar uma grande área para pasto, pois era mais lucrativo plantar cana.
Desse modo, ao longo do século XVII, a pecuária tornou-se uma atividade complementar praticada em áreas mais afastadas do litoral. Ao avançar pelo sertão, a pecuária contribuiu para expandir o território.


A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCO – Nas áreas próximas ao Rio São Francisco, o clima menos úmido e o solo menos propício para a cana-de-açúcar eram apropriados à pecuária. Além disso, a vegetação fornecia pastos naturais para o gado, e o solo continha sal natural (sal-gema), fundamental para alimentação dos animais. Por isso, o São Francisco tornou-se conhecido como o “rio dos currais”.
A pecuária além de produzir animais vivos, com o tempo voltou-se à produção de carne-seca, importante alimento dos escravos.
Depois de atingir o Rio São Francisco, o gado continuou a sua expansão para o norte e adentrou, no final do século XVII, as terras que hoje pertencem ao estado do Piauí.

FUMO E ALGODÃO – O fumo era outro produto destinado aos mercados europeus, nos quais o número de consumidores era crescente. Além disso, era usado na África como moeda de troca na aquisição de escravos.
A principal área produtora de fumo ficava na Bahia, próxima aos currais, onde a criação de gado gerava o esterco necessário para adubar as lavouras.
O algodão é um produto nativo da América e já era utilizado pelos indígenas antes da chegada dos europeus. Apenas por volta de 1760, o algodão passou a ser exportado regularmente. O principal centro produtor era a capitania do Maranhão, seguida pela Bahia e pelo Rio de Janeiro.
A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – À medida que os produtores ampliavam as áreas de cultivo de cana, diminuía a área destinada aos gêneros de subsistência. Com isso, eram comuns a falta e a elevação dos preços dos alimentos, especialmente nas cidades, gerando um problema crônico de subnutrição nas camadas mais pobres da população.



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