Maurício de Nassau
Ao longo do período colonial, a produção açucareira alcançou muito sucesso. Apesar disso esse período foi marcado por momentos de crise. Na primeira metade do século XVII, colonos do Nordeste enfrentaram um período tumultuado por causa das invasões holandesas. Para entender essas invasões, precisamos compreender o que se passava em Portugal, Espanha e Holanda...
A PARCERIA ENTRE PORTUGAL E HOLANDA – Para construir um engenho, era preciso investir muito dinheiro. Como os portugueses não tinham condições de custear o empreendimento, a Holanda passou a bancar todas as etapas, desde o financiamento até o fornecimento de equipamentos para a produção do açúcar. Em troca, os holandeses tinham o direito de comercializar o açúcar.
A UNIÃO IBÉRICA E O PODERIO ESPANHOL – A morte do governante português, cardeal Dom Henrique, em 1580, ocasionou uma crise política em Portugal, pois não havia sucessores legítimos e diretos para o trono lusitano.
O rei espanhol Felipe II, que descendia da casa real portuguesa por parte de mãe, invadiu o vizinho reino português, derrotou pretendentes ao trono e assumiu o poder. O domínio da Espanha sobre Portugal ficou conhecido como União Ibérica que durou de 1580 a 1640.
ESPANHA E HOLANDA: DOMÍNIO E GUERRA – O reinado de Felipe II estendia-se aos Países Baixos (Holanda e Bélgica). Algumas províncias dessa região, descontentes com o domínio católico e com a cobrança de pesados tributos, lutavam para se tornar independente da Espanha. A situação se complicou ainda mais quando Felipe II proibiu o comércio da Holanda com as colônias lusitanas.
DA BAHIA A PERNAMBUCO – A invasão holandesa do Nordeste foi promovida pela Companhia das Índias Ocidentais, que detinha o monopólio do comércio na América e na África. O primeiro grande ataque ocorreu em 1624, na Bahia, com o objetivo de tomar a cidade de Salvador, sede da administração colonial.
Em um primeiro momento, o ataque foi bem-sucedido; porém, a resistência organizada após a invasão impediu que os holandeses consolidassem seu domínio, obrigando os invasores a abandonar a cidade no ano seguinte.
A derrota em Salvador revelou a necessidade de se buscar, na rica região do açúcar, uma área menos protegida, mas de igual importância econômica. A escolha recaiu sobre a capitania de Pernambuco.
Em 1630, os holandeses atacaram o litoral pernambucano e apoderaram-se da região em 1635. A sede do governo holandês, estabelecida primeiramente em Olinda, logo foi transferida para Recife.
O DOMÍNIO HOLANDÊS NA AMÉRICA PORTUGUESA – Depois da conquista de Pernambuco, novos ataques possibilitaram aos holandeses estender seus domínios de Alagoas até o Rio Grande do Norte.
A cidade de Recife, sede da administração holandesa, ganhou ares de cidade européia. Praças, pontes e edifícios foram construídos, ruas foram calçadas, cientistas e artistas europeus registraram a natureza e a paisagem local em seus trabalhos.
Maurício de Nassau, principal autoridade holandesa no Nordeste entre 1637 e 1644, fez alianças e concedeu empréstimos aos fazendeiros, a fim de retomar rapidamente a produção de açúcar prejudicada pela guerra.
A RESTAURAÇÃO – Portugal recuperou sua independência em 1640, em um movimento conhecido como Restauração, com a aclamação de D. João IV. As dificuldades financeiras do país impediram a pronta recuperação dos territórios sob domínio estrangeiro na África e na América. Por isso, os holandeses permaneceram no Nordeste até 1654.
TENSÕES ENTRE HOLANDESES E COLONOS – A saída de Maurício de Nassau do governo holandês no Nordeste, em 1644, pôs fim à boa convivência que se tinha estabelecido entre holandeses e colonos no Nordeste açucareiro.
Os novos administradores pressionaram os fazendeiros a pagar os empréstimos concedidos sob ameaça de confiscar suas terras ou a produção de açúcar. Essa situação causou uma nova guerra entre colonos e holandeses.
AS GUERRAS DE EXPULSÃO – Os combates para expulsar os holandeses ficaram conhecidos como Insurreição Pernambucana. Eles começaram em 1645 e se estenderam por nove anos. As duas batalhas de Guararapes, em 1648 e em 1649, foram decisivas para restaurar gradualmente o domínio português.
Em 1654, os holandeses assinaram a Capitulação da Campina da Taborda e se retiraram definitivamente do território nordestino. Porém, a paz só foi assinada em 1661.
foi muito bom , esse site estou na 7 serie e gostei muito de estudar o assunto. Ma como o livro nao vem explicando muinto bem eu procurei ajuda da internet e foi muito bom. Obrigada pela explicacao.
ResponderExcluirnossa muito bom eu estou na sexta serie e essa matéria explica muito mai do que os livros de história
ResponderExcluirportugal era o calcanhar de aquiles da união iberica..por isso foi sistematicamente atacado pela holanda..a russia usou a mesma tatica contra o reich no front leste atacando os romenos..
ResponderExcluirO TEXTO FOI OTIMO E MINHA IRMA GOSTOU POR QUE FALTA 17 PONTOS PARA ELA PASSAR EM HISTORIA E ELA NAO SABE DE NADA
ResponderExcluirmuito bom gostei muito tinha q fazer um trabalho do colegio e ñ tinha o livro e nesse saite eu achei
ResponderExcluirÓTIMO