sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O ISLAMISMO NO MUNDO



OS PAÍSES COM MAIORIA ISLÂMICA
Oriente Médio, Ásia, África e Europa

Oriente Médio


Arábia Saudita
95% de muçulmanos sunitas, 5% de muçulmanos xiitas

Berço do Islã, abriga as cidades sagradas de Meca e Medina e adota uma interpretação conservadora da lei islâmica. País natal de Osama bin Laden e de quinze dos 19 seqüestradores dos aviões de 11 de setembro de 2001. Em função de sua boa relação com os EUA, a família real sofre a oposição de vários grupos radicais, incluindo a rede Al Qaeda. Sabe-se, porém, que muitas figuras importantes ajudam a financiar os terroristas muçulmanos.


Irã
89% de muçulmanos xiitas, 10% de muçulmanos sunitas

O país se tornou uma República Islâmica depois da revolução de 1979. Desde então, os aiatolás são a autoridade política máxima, cujo poder se sobrepõe ao do presidente e do parlamento, eleitos em votação popular. Desde o fim da década de 90, o Irã vive uma luta entre os clérigos conservadores e os reformistas, que defendem a flexibilização do regime islâmico.


Iraque
60% de muçulmanos xiitas, 32% de muçulmanos sunitas

No regime de Saddam Hussein (um sunita), o estado era secular, e manifestações religiosas eram proibidas dentro da estrutura do governo. Com a queda do ditador, a maioria xiita pretende ter um papel mais influente no comando do país. A guerra teve um efeito contrário ao esperado pelos EUA: o fanatismo religioso e o terrorismo ligado à religião estão mais fortes que na época de Saddam.


Egito
94% de muçulmanos sunitas

O governo e o sistema judicial são seculares, mas as leis familiares são baseadas na religião e a atuação de grupos radicais ainda é grande. O Egito é o local de origem da primeira facção radical do Islã, a Irmandade Muçulmana, e deu origem também ao grupo Jihad Islâmica. Depois da execução do presidente Anuar Sadat pelos radicais, em 1981, o governo prendeu e matou milhares de pessoas na repressão ao extremismo religioso.


Territórios palestinos
90% de muçulmanos

A sociedade e a política palestinas têm fortes tradições seculares. A revolta contra Israel, no entanto, deu força a grupos religiosos radicais (Hamas, Jihad Islâmica, Brigadas de Mártires de Al Aqsa) e a influência do islamismo na política tornou-se dominante.


Líbano
41% de muçulmanos xiitas e 27% de muçulmanos sunitas

Com uma formação de governo que reflete a distribuição religiosa da população (primeiro-ministro é sempre sunita e o presidente do parlamento, xiita), é a terra do grupo radical Hezbolá. Para os EUA, o Hezbolá é uma organização terrorista; para o Líbano, um movimento legítimo de resistência contra os israelenses e uma organização política legalizada.


Jordânia
92% de muçulmanos sunitas

A família real está no poder desde a independência, em 1946 - e sua aceitação se baseia no fato de que os príncipes seriam descendentes diretos do profeta Maomé. A sociedade é conservadora e a interpretação do Islã é rigorosa - costumes de séculos atrás são mantidos graças à religião.


Outros países de maioria muçulmana: Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait, Síria


Ásia


Indonésia
88% de muçulmanos

Apesar de abrigar a maior população muçulmana do planeta, o país tem uma constituição secular. Há dezenas de facções radicais que defendem a adoção da lei islâmica e a formação de um estado com governo religioso, mas os muçulmanos moderados são contra. É a terra do Jemaah Islamiah, grupo ligado à Al Qaeda culpado pelo atentado que matou 200 pessoas em Bali, em 2002.


Afeganistão
84% de muçulmanos sunitas, 15% de muçulmanos xiitas

País onde surgiu a mais radical forma de interpretação do islamismo, através da milícia Talibã, que governo o país do fim da década de 90 até depois do 11 de setembro de 2001. Serviu de campo de treinamento para terroristas islâmicos do mundo todo, até que a ação militar americana atacou essas instalações e colocou no poder um líder muçulmano moderado.


Paquistão
77% de muçulmanos sunitas, 20% de muçulmanos xiitas

Formado como um estado muçulmano resultante da partilha do subcontinente indiano, em 1947, trava uma tensa disputa com a vizinha Índia pela posse da Caxemira. Os extremistas islâmicos atacam os soldados indianos, que controlam o território, por julgar que a área é dos muçulmanos. Além disso o país sofre com conflitos entre sunitas e xiitas e entre muçulmanos radicais e cristãos.


Malásia
53% de muçulmanos

O governo diz ser tolerante com todas as religiões, mas o islamismo é a fé oficial do país. Não-muçulmanos dizem ser vítimas de discriminação das autoridades. Os radicais muçulmanos dizem que não é o bastante: querem oficializar a adoção da lei islâmica tradicional em toda a Malásia.


Outros países de maioria muçulmana: Brunei, Bangladesh

África


Nigéria
50% de muçulmanos

Tensões com os cristãos provocaram milhares de mortes no país. A adoção da lei islâmica em doze estados do norte provocou um êxodo entre os seguidores do cristianismo. O governo tem dificuldade para controlar os grupos radicais de ambos os lados.


Argélia
99% de muçulmanos

Em 1991, a vitória de um partido islâmico nas eleições gerais foi impedida por um golpe político. Desde então, governo e exército combatem os extremistas muçulmanos numa disputa que já provocou dezenas de milhares de mortes.


Sudão
70% de muçulmanos

Governado por um partido islâmico desde 1989, quando um golpe militar teve apoio dos extremistas, o país foi devastado por uma guerra de duas décadas entre rebeldes muçulmanos do norte e cristãos do sul. Osama bin Laden permaneceu no país por alguns anos antes de ir para o Afeganistão.


Somália
100% de muçulmanos

A religião da população é a mesma, mas conflitos entre tribos inimigas alimentaram uma guerra que se arrasta desde os anos 90. Há grupos radicais em atividade no país - e um deles é ligado à Al Qaeda. A maior empresa do país foi fechada pelos EUA por suas ligações com Osama bin Laden.


Outros países de maioria muçulmana: Senegal, Gâmbia, Guiné, Serra Leone, Costa do Marfim, Mauritânia, Mali, Níger, Chade, Líbia, Tunísia, Eritréia, Djibouti, Ilhas Comoros


Europa


Turquia
99,8% de muçulmanos

Estado secular, a Turquia garante liberdade religiosa à população. Na prática, porém, os costumes e crenças do islamismo têm grande influência sobre o comando do país. O partido que conquistou o poder em 2002, por exemplo, tem raízes islâmicas, apesar de se descrever como "conservador".


Kosovo
92% de muçulmanos

Palco de uma violenta campanha de perseguição pelos sérvios, o território foi ocupado pela Otan e teve seu controle assumido pela ONU em 1999. Isso não impediu a morte de 10.000 pessoas e a fuga de cerca de 1,5 milhão para a Albânia ou para a região da fronteira.


Albânia
70% de muçulmanos

O governo comunista do país fechou todos os templos religiosos - incluindo igrejas e mesquitas - em 1967. A prática religiosa só voltou a ser permitida em 1991.


Chechênia
maioria de muçulmanos

Desde o fim da União Soviética, a república russa vem sendo palco de violentos confrontos entre o governo de Moscou e as forças separatistas formadas pelos radicais islâmicos. No período em que a Rússia retirou suas forças do território, o islamismo tornou-se religião oficial.


Usbequistão
88% de muçulmanos

Estado secular, viu o islamismo ganhar força nos anos 90. Junto com esse crescimento, surgiram os grupos radicais contrários ao governo. Depois de uma série de atentados, as forças do governo reprimiram os radicais. Os grupos, porém, continuam em atividade.


Outros países de maioria muçulmana: Azerbaijão, Turcomenistão, Quirgistão, Tadjiquistão, Cazaquistão

A presença do Islamismo em outros países

Estados Unidos

O palco do maior ato de terrorismo islâmico da História tem mais de 6 milhões de muçulmanos e em torno de 2.000 mesquitas. Entre os seguidores da religião nos EUA, 77,6% são imigrantes, e 22,4%, americanos natos. Apesar do 11 de setembro de 2001, o islamismo está crescendo: estima-se que, no ano de 2010, a população muçulmana supere a judaica - apenas o cristianismo terá mais seguidores.

Índia

Cerca de 12% dos indianos são muçulmanos, formando uma população total de 120 milhões de pessoas. A constituição do país garante a liberdade religiosa. Na prática, contudo, os muçulmanos da Índia são alvos freqüentes de atos de violência - e as facções radicais revidam as agressões. Na última onda de conflitos entre muçulmanos e os hindus radicais, cerca de 2.000 pessoas morreram.

China

O país mais populoso do mundo tem cerca de 20 milhões de muçulmanos, cerca de 1,5% da população. A religião está no país desde o século VII. É oficialmente reconhecida e tolerada no país, que tem mais de 30.000 mesquitas, e os chineses muçulmanos estão concentrados no extremo oeste do país. Há facções extremistas - uma delas listada como grupo terrorista pela ONU e pelos EUA.

Brasil

Um dos maiores países católicos do mundo tem uma comunidade islâmica relativamente grande - e seus números vêm crescendo. Há quarenta anos a comunidade árabe brasileira tinha uma única mesquita. Atualmente são mais de 50 templos, espalhados por todo o país e freqüentados por entre 1,5 e 2 milhões de fiéis. Não há atuação de grupos extremistas armados no território brasileiro.

Fonte: Veja on-line


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