domingo, 5 de julho de 2009

NEONAZISMO - AGRESSÃO AO BOM SENSO


Preso líder de grupo neonazista que atuava no Brasil

É pouco provável que o economista Ricardo Barollo, de 34 anos, siga o caminho de seu herói, Adolf Hitler, e escreva um livro na cadeia, seja eleito líder da nação e ajude a provocar a Terceira Guerra Mundial. Barollo foi preso pela polícia paulistana, acusado encomendar o assassinato de um casal de Campina Grande do Sul (PR): Bernardo Dayrell, de 24 anos, e Renata Ferreira, de 21. As mortes teriam sido motivadas por uma disputa de poder. Bernardo criou uma dissidência do grupo neonazista de Barollo, a Neuland, que a polícia estima ter 50 membros.

Neuland, "nova terra" em alemão, seria o nome do país formado por São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ali, a miscigenação estaria proibida. O movimento funcionava através da internet, por onde era veiculado o jornal "O Martelo". O plano era começar conquistando vagas de vereador em cidades de Santa Catarina.
O projeto pode estar acabado, mas o problema continua. Poucos dias após a prisão de Barollo, uma festa no Rio de Janeiro causou polêmica. A piscina da casa era decorada com símbolos que lembravam suásticas e as paredes tinham imagens de generais do Terceiro Reich. Muitos convidados se retiraram em protesto.
E o Brasil não está sozinho. A antropóloga Adriana Dias, que acaba de publicar na Universidade de Campinas uma tese de mestrado sobre o tema, estima que existam 20 mil sites neonazistas no planeta. "Essas pessoas acham a raça branca está acabando", diz Adriana, que calcula que o Brasil tem 150 mil leitores de textos de extrema direita. De acordo com a pesquisadora, grupos nazistas estão espalhados por todo o lugar, da Bolívia ao Japão.

Fonte: Texto extraído da Revista Aventuras na HIstória - Edição 72 - Julho/2009
Fábio Marton


Mais algumas informações extraídas da mesma edição da revista:

PRAGA GLOBAL
A atuação dos grupos de extrema direita ao redor do mundo

Estados Unidos - No país da Ku Klux Klan, a proibição de censura permite que grupos de todo lugar hospedem seus sites.

Guatemala, Bolívia e Paraguai - Têm fortes entidades. "Eles se consideram os últimos brancos de seus países", diz a antropóloga Adriana Dias.

Argentina - O Partido del Nuevo Triunfo diz que, antes de morrer, Hitler indicou o país como nova sede do nazismo.

Brasil - No passado, abrigou figitivos da Segunda Guerra. As grandes cidades têm gangues neonazistas.

Inglaterra - Os skinheads se identificam com a ultradireita desde 1978.

França - Em 2002, o político de direita Jean-Marie Le Pen ficou em segundo nas eleições para presidente.

Itália - A Liga Norte propôs uma lei proibindo a entrada de imigrantes no país.

Alemanha e Áustria - Um em cada 20 adolescentes alemães atua em grupos de extrema direita. E o Partido da Liberdade tem um terço dos deputados austríacos.

Rússia - Tem 70 mil skinheads, metade do total mundial. Muitos lideram grupos que fazem protestos em Israel.

Líbano - O Partido Nacional Socialista Sírio, fundado em 1932, continua na ativa.

Israel - Em 2007, oito jovens foram presos pichando suásticas em sinagogas.

Japão - Para o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores e Bem-Estar Social, os "amarelos" são superiores.

Taiwan - O Movimento Nacional-Socialista do Taiwan procura uma aproximação do país com a China continental

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