quarta-feira, 26 de março de 2008

Guerras Púnicas

Nome dado às três guerras entre os romanos e cartagineses, travadas de 264 a 146 a.C. e que terminaram com a destruição de Cartago. A origem das hostilidades está na oposição entre Roma e Cartago, surgida por ocasião da expansão romana na Sicília, onde os cartagineses já possuíam colônias. A Primeira Guerra Púnica desenvolveu-se de 264 a 241 a.C. em conseqüência da dominação cartaginesa sobre o estreito de Messina, que separa a Sicília da Itália. Os cartagineses, aliados de Siracusa, ocuparam Agrigento (262). F oram derrotados pelo romanos, na batalha naval de Mila, pois Roma já dispunha de uma boa marinha de guerra. Apesar de um fracassado ataque à África, feito pelo cônsul Atilio Régulo (255), os romanos reuniram novas forças contra a Sicília e bateram os cartagineses nas Ilhas Egates. Feita a paz, Cartago deveria pagar um tributo, abandonar a Sicília, agora província romana, as Ilhas Egates e Lipari, pela paz de 241. A Segunda Guerra Púnica foi travada de 218 a 201 a.C., após terem os inimigos reforçado suas posições de 241 a 219. Com a conquista da Sardenha e Córsega, Roma passou a dominar o Mediterrâneo ocidental (238-237), enquanto os cartagineses .enfrentavam urna revolta de mercenários (241237 a.C.) e uma dura crise econômica. Iniciou, depois, a reconstrução de seu império, conquistando a Espanha. Roma, apreensiva fixou no Rio Ebro o limite deste império pelo tratado de 226 a.C. Este tratado não foi respeitado, pois o comandante cartaginês Aníbal ocupou Sagunto, cidade espanhola aliada de Roma, o que deu início à nova fase da luta. Em rápida manobra Aníbal transpôs os Alpes e invadiu. a Itália pelo norte e derrotou sucessivas legiões romanas, em Ticino e Trébia (218 a.C.), Lago Trasimeno (217 a.C.) e Canas (216. a.C.). Esta vitória, além de desbaratar o poderio militar romano, provocou grande crise política, com a defecção de vários aliados de Roma, na Itália, e a intervenção de Filipe V da Macedônia. Aníbal, entretanto, ficou isolado na Itália, sem contato com Cartago. Os romanos tomaram Cápua (211), Siracusa e Cartagena, na Espanha, o que cortou por completo a comunicação com Cartago. A derrota de Asdrúbal, irmão de Aníbal, em Metauro (207), precipitou o fim do exército cartaginês na Itália. Conquistando toda a Espanha, Roma atacou Cartago na África, aliada ao príncipe númida Massinissa (204). Aníbal retornou às pressas, para defender Cartago, porém foi derrotado em Zama (202), após o que Cipião o Africano impôs a paz. Cartago renunciou à Espanha, entregou seus elefantes de guerra, sua frota, pagou um tributo de 10.000 talentos e se comprometeu a não entrar em nenhuma guerra sem licença de Rama. A Terceira Guerra Púnica, travada de 149 a 146 a.C., deve-se à rivalidade agrícola entre as duas cidades, pois Cartago havia se tornado grande produtora de azeite de oliva, o que fazia concorrência aos romanos. Além disto, estes não admitiam sequer o direito de existência a Cartago. Como o príncipe Massinissa, aliado de Roma, se aproveitasse da prOibição de Cartago de entrar em guerra sem licença, atacando território cartaginês, estes tiveram de se armar para a defesa. A violação do tratado de paz motivou a terceira guerra, comandada por Cipião Emiliano, que destruiu Cartago após violenta e heróica luta. Os cartagineses foram quase todos exterminados, enquanto a cidade era destruída e seu território anexado.


Aníbal




Fonte: Site História das Guerras (ver link na lista)

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