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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Uma ilha de paz no Centro do Recife

Achei muito legal essa reportagem do Jornal do Commercio e resolvi postá-la aqui. É realmente um lugar como poucos. Vale à pena conferir essa reportagem tão aconchegante!
A vila Santo Antônio foi erguida por volta de 1947 e resistiu ao tempo e ao processo de verticalização cada vez mais evidente no Recife.

Publicado em 20/04/2014.

Dez casas fazem parte da Vila, localizada na Rua do Riachuelo, Boa Vista. / Foto: Bobby Fabisak

Dez casas fazem parte da Vila, localizada na Rua do Riachuelo, Boa Vista.

Foto: Bobby Fabisak


Quem imaginaria que na Rua do Riachuelo, entre as problemáticas Gervásio Pires e Hospício, congestionadas de carros e lojas, existe um recanto pacato e rodeado por muito verde? A vila Santo Antônio é um pedacinho da década de 1940 que resistiu ao tempo e ao processo de verticalização cada vez mais evidente no Recife. As dez casas destoam completamente do cenário oferecido pela área comercial do bairro da Boa Vista. São todas de muros baixos, portão, com plantas e flores. Um verdadeiro sonho para os moradores que tiveram a sorte de conseguir um espaço nessa ilha localizada no meio do Centro.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O espaço passa despercebido por quem trafega pela Rua do Riachuelo. A viela de número 485 dá acesso à outra rua onde a vila foi erguida, por trás da quadra de um colégio e de um prédio de oito andares. Antes, tratava-se de um casarão, de 1900. Todas as dez casas foram construídas no quintal deste casarão e pertencem à família Lobo Silva. Oito estão alugadas e outras duas ocupadas pelos herdeiros de Maria do Carmo e Lindolfo Alves da Silva, idealizadores do lugar.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
“Elas foram feitas por volta de 1947, a pedido da minha avó que queria alugar as casas. Meu avô atendeu e é assim até hoje. Apenas em duas moram membros da família”, contou Ana Cristina Lobo Silva, 47 anos. Ela é filha da única herdeira viva do casal, Maria Pompéia, de 87 anos, que inclusive nasceu no casarão. “Eu tenho a opção de sair, mas gosto muito daqui, onde vivo desde que nasci. É perto de tudo e muito tranquilo. Nem parece que é no Centro do Recife. Não escuto uma zoada”, continuou Ana. Disse ainda que a procura pelo local é enorme. “Muita gente quer morar em uma dessas casas. De todas as idades. Atualmente, muitos idosos e crianças moram aqui, mas também gente de meia idade, atrás de sossego, tranquilidade.”
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
A família do estudante de enfermagem João Araújo, de 19 anos, mora na casa de número 11 há uma década. Antes, eles tinham uma casa própria, que colocaram para alugar e, com o dinheiro, pagar a casa onde vivem atualmente. “Moramos de aluguel, agora. É como se fosse um mundo diferente do que existe lá fora. É outro planeta. Quando se fala no Centro, todo mundo pensa logo em cinza, correria, zoada. Mas não. Aqui está a prova de que tem como se viver em um bom lugar e seguro”, contou João.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Ana Cristina comemora o fato do local oferecer segurança aos moradores. Apesar de o acesso às casas ser livre, sem portão ou grades, nenhum crime jamais foi registrado. “Nunca tivemos problemas. O único incomodo é que, às vezes, pessoas estranhas querem utilizar o estacionamento. De repente, chegamos aqui e carros estão estacionados, porque aqui é aberto. Mas fora isso, nenhum estresse”, explicou. 

Apenas uma enorme grade, de ferro, com correntes e cadeados, faz parte do cenário bucólico da vila. Ela guarda parte do casarão original, que tem a frente voltada para a Gervásio Pires. Um tesouro que também não foi entregue às gigantes da construção civil sempre em busca de construir prédios mais gigantes ainda. As dez casas e o casarão, no que depender dos proprietários, guardarão por muito tempo histórias e famílias em busca de dias diferentes da tão conhecida e exaustiva rotina  do Recife.

Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br/

 

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